Andressa Aoki
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O acesso das crianças às urnas eletrônicas foi proibido. Uma determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não deixa que os menores de idade possam chegar perto da cabine de votação. "Foi uma determinação do primeiro turno que foi reforçada agora. Na cabine de votação somente o eleitor pode ficar lá. A criança tem que esperar ao lado", ressaltou o juiz eleitoral Sérgio Serrano Nunes Filho, durante auditoria nas urnas realizada ontem. Ele ressaltou que só podem ser acompanhadas as pessoas com dificuldade de locomoção ou portadoras de deficiências especiais. "Mesmo assim, em nenhuma hipótese é a criança que pode
acompanhar", frisou.
O juiz enfatizou que com eles nas cabines, muitas vezes, o voto era falado alto. "Em outros casos, o pai foi votar e a criança digitou errado. Nesses incidentes, é impossível reverter o erro, uma vez que foi apertada a tecla confirma", explicou.
Serrano participou da auditoria de uma urna eletrônica, no Cartório Eleitoral. O procedimento foi feito pelo técnico judiciário Ivan Oliveira de Souza e acompanhado pelo chefe do Cartório Eleitoral, Anderson Cioccari Machado.
Serrano escolheu um aparelho lacrado aleatoriamente. A selecionada é de uma seção de Votuporanga, da Unifev. O primeiro passo foi retirar a mídia de votação da urna que estava lacrada. "Foi colocada uma mídia chamada VPP (Verificação de Pré e Pós votação), que é um programa específico para a auditoria", explicou Ivan. O aparelho é carregado e imprime o arquivo de resumo. "A integridade da urna pode ser analisada no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com base no relatório, é que se nota a regularidade do equipamento", afirmou o juiz.
Ele, então, visualiza os candidatos tanto por partido, cargo quanto para candidato específico. Logo em seguida, é feito o log, que consiste em um relatório dos procedimentos executados no aparelho, incluindo o horário e a data. "Trocamos a mídia por uma vazia para gravar os dados do log", destacou o técnico jurídico. A urna imprime a zerésima, que é a relação dos candidatos comprovando que não possuem votos. Após estas fases, o juiz faz uma simulação da votação.
Votuporanga recebeu 252 aparelhos eletrônicos para as eleições do dia três de outubro. Serão utilizadas 214 urnas distribuídas nas 172 seções, sendo que 6 são para justificativas. As seis estarão localizadas nas escolas Manoel Lobo, Uzenir, Enny, Esmeralda, Campus Centro da Unifev e Etec urbana. São 23 aparelhos reservas para Votuporanga, Álvares Florence, Parisi e Valentim Gentil. No primeiro turno, três urnas tiveram falhas e depois de consertadas, só serão utilizadas em último caso.
Ele destacou que as seções 124 e 157 da escola Maria Isabel Martins de Oliveira foram transferidas para a Etec Frei Arnaldo. O CEM (Centro de Educação Municipal) Irma Pansani mudou de endereço e os eleitores devem se dirigir ao prédio novo, que está localizado na rua Francisco Luiz Ferreira, 1949 - São João.
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