Andressa Aoki
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Aproximadamente 400 bancários de Votuporanga e região aderiram ao movimento grevista que acontece por todo o Brasil. Sem andamento nas negociações entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Brasileira de Bancos (Fenaban), a maioria das agências paralisaram, com exceção do Bradesco, em Votuporanga.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Harley Aparecido Vizoná, nas cidades de Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul a situação é a mesma: está em funcionamento apenas o Bradesco. Ontem, o Sindicato realizou assembleia, no saguão da Biblioteca Municipal, para decidir sobre a greve. Na próxima segunda-feira, às 9 horas, mais uma vez, os sindicalistas irão reunir os bancários para que continuem a greve e ainda para que outros também paralisem suas ações.
A greve é por tempo indeterminado. Os bancários rejeitaram proposta da Fenaban que previa apenas a reposição da inflação (4,29%). A categoria busca conquistar um reajuste recorde de 11% (7% de aumento real, mais 4,29% de reposição da inflação medida pelo INPC). As reivindicações dos bancários também incluem um piso salarial de R$ 1,51 mil para portaria, R$ 2,15 mil para escriturário, R$ 2,91 mil para caixas, R$ 3,64 mil para primeiro-comissionado e R$ 4,85 mil para primeiro-gerente.
Os bancários pedem ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos, aumento para um salário mínimo do valor do auxílio-refeição, mais contratações, medidas de proteção à saúde do trabalhador e ao emprego, entre outras reivindicações. Segundo Vizoná, não foi marcada ainda nenhuma rodada de negociação. Os clientes que tiverem dificuldades em pagar contas nas agências devido à greve dos bancários podem recorrer aos canais de atendimento remoto, como os caixas eletrônicos e os correspondentes não bancários como casas lotéricas, farmácias, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados. A Fundação Procon- SP alerta o consumidor para efetuar o pagamento de faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança para não ser cobrado de eventuais encargos e para que seu nome não seja enviado aos serviços de proteção ao crédito. A recomendação da entidade é entrar em contato com as empresas e solicitar outros locais e formas para efetuar o pagamento. Caso não haja, o consumidor deve documentar a tentativa de quitar o débito, podendo até registrar uma reclamação junto ao Procon.
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