J.L.Pavam
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A maioria dos bancários de Votuporanga aderiu ao movimento grevista que acontece por todo o Brasil. Sem andamento nas negociações entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Brasileira de Bancos (Fenaban), a tendência é que o número de agências paradas cresça. Ontem, em Votuporanga, deixaram de prestar atendimento ao públcio as agências da Caixa Federal, Real, Santander, HSBC, Itaú e Unibanco. O Banco do Brasil e o Bradesco funcionaram normalmente; já o BB/Nossa Caixa abriu, porém, com atendimento precário, com apenas alguns funcionários, segundo informou o diretor do Sindicato dos Bancários, Valmir Polidoro.
Segundo ele, a greve é por tempo indeterminado e foi aprovada em assembleia realizada na noite da terça-feira por cerca de dois mil trabalhadores. Os bancários rejeitaram proposta da Fenaban que previa apenas a reposição da inflação (4,29%). Ontem, o Sindicato dos Bancários de Votuporanga realizou assembleia, no saguão da Biblioteca Municipal, para decidir sobre a greve. Hoje, às 9 horas, mais uma vez, os sindicalistas tentam incitar os bacários para que continuem a greve e ainda para que outros também paralisem suas ações, "até nos ofereçam uma proposta condizente com a realidade. Vamos avaliar a situação de Votuporanga e, conforme for, vamos expandir o movimento para toda nossa base de atuação na região", acrescentou Valmir.
A categoria busca conquistar um reajuste recorde de 11% (7% de aumento real, mais 4,29% de reposição da inflação medida pelo INPC). As reivindicações dos bancários também incluem um piso salarial de R$ 1,51 mil para portaria, R$ 2,15 mil para escriturário, R$ 2,91 mil para caixas, R$ 3,64 mil para primeiro-comissionado e R$ 4,85 mil para primeiro-gerente.
Os bancários pedem ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos, aumento para um salário mínimo do valor do auxílio-refeição, mais contratações, medidas de proteção à saúde do trabalhador e ao emprego, entre outras reivindicações.
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