Agro New e BrasPellet se instalaram na cidade recentemente; além disso, houve mais de 100 inscrições para o 6º Distrito
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A cidade de Votuporanga está em crescente desenvolvimento e com sua expansão, está no foco de várias empresas. Recentemente, os proprietários dos empreendimentos Agro New e BrasPellet escolheram o município para sede de seus investimentos.
Áreas diferentes, que apostam em Votuporanga. "A Agronew é revendedora de máquinas Case, para a agricultura, como colhedeira de cana-de-açúcar e tratores. Já a BrasPellet produz pellet - um biocombustível sólido de biomassa compactada feito com bagaço de cana e poda de árvores", explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini, em entrevista ao jornal A Cidade.
A Agro New se destaca em nível nacional. Em 2006, teve participação no mercado interno de 60% no seguimento de colhedeiras de cana. O empreendimento possui mais de 60 anos de tradição e tecnologia da Case IH/Austoft na fabricação dessas máquinas, aliado ao trabalho de pós vendas da Agro New. A Case IH é referência mundial em agricultura. Ela criou, projetou e desenvolveu o melhor sistema de colheita: o sistema axial. Por isso, a sua colheitadeira axial é a mais vendida no mundo. O empreeendimento está sendo construído no entroncamento das rodovias Euclides da Cunha (SP-320) e Péricles Belini (SP- 461).
Já a BrasPellet irá produzir, inicialmente, 40 mil toneladas/ano, com previsão de abastecer o mercado nacional de termoelétrica para clientes industriais em substituição a combustíveis fósseis. Até o momento, o grupo é o único do mundo a produzir o pellet a partir do bagaço de cana com uma ficha técnica em acordo com a Normativa Européia. A empresa terá sede no Distrito de Simonsen.
Segundo o secretário, as duas empresas juntas geram mais de 60 empregos diretos. "A implantação das duas é muito importante por conta das vagas de trabalho que abrem", acrescentou.
E não são somente esses investidores que apostam no município. O VI Distrito Empresarial é um espaço no qual faltaram terrenos para tantos requerentes. "Temos 78 lotes e recebemos mais de 100 inscrições", destacou. Para definir quais os empreendedores que terão terrenos no VI Distrito, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico julga os pedidos. O Conselho é formado por membros da ACV (Associação Comercial), Airvo (Associação Industrial), Searvo (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos) e Prefeitura, que fazem a triagem das solicitações, analisando principalmente a geração de empregos e de renda.
"Tiveram início as obras de asfalto, a Saev Ambiental (Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente) começou as ligações de água. Em 90 dias, haverá a divisão dos lotes", afirmou o secretário.
Vicentini ressaltou que o município traz benefícios para os empresários. "Temos a lei do incentivo econômico, pelo qual a Prefeitura doa o terreno e faz a terraplanagem, além de reduzir tributos", emendou. Entre as concessões estão também: fornecimento gratuito de serviços de maquinários; redes de água e de esgoto, com respectivas ligações nas áreas doadas; rede de energia elétrica; isenção de impostos municipais em relação à área doada, e vários outros.
O secretário acredita que o diferencial de Votuporanga é a mão-de-obra qualificada. "Temos a Fuvec (Fundação Votuporanguense de Educação e Cultura), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a faculdade (Unifev) e estamos construindo o IFSP (Instituto Federal de São Paulo). A grande diferença está na qualidade da mão-de-obra, além da logística e dos requisitos de segurança e saúde de primeiro mundo", frisou. Investimento que gera trabalho. No período de um ano, Votuporanga abriu 1640 vagas de trabalho. Foram 647 admissões na indústria; 259 na construção civil; 461 no comércio e 301 na área de serviços. "O nosso percentual geral de aumento foi de 9,31%, um número positivo", revela.