A nota foi uma resposta a algumas autoridades de Fernandópolis que acharam a operação negativa
Da Redação
O Ministério Público de Fernandópolis divulgou na quinta-feira uma nota explicando à operação policial desencadeada na sexta-feira da semana passada naquele município, que ganhou repercussão nacional devido a uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo.
De acordo com os promotores, a ação foi deflagrada como uma resposta aos graves acontecimentos que vinham ocorrendo por lá.
A nota foi uma resposta a algumas autoridades de Fernandópolis que responderam à operação de maneira negativa, devido à forma que o município foi exposto na reportagem. Uma das manifestações mais críticas contra a reportagem do Fantástico, foi feita na Câmara de Vereadores de Fernandópolis. O vereador Dorival Pântano, presidente da Câmara, disse que a cidade foi humilhada em rede nacional. “Somos eleitos para representar o povo, e o que vimos foi nossa cidade humilhada e denegrida por conta de uma reportagem. Eu, que ando nas ruas diariamente, não sinto esse clima ruim em Fernandópolis, muito pelo contrário, acho que o trabalho da Vara da Infância e Juventude, tanto com o Toque de Acolher, quanto com o Toque Escolar, está ajudando a cuidar dos nossos adolescentes”, afirmou.
Segundo a carta do MP, "a forma que a matéria foi vinculada pela imprensa é de responsabilidade única e exclusiva do orgão de imprensa e não do Ministério Público. Aliás, o Ministério Público tem como único objetivo a defesa dos interesses sociais e o combate à criminalidade".
A operação foi desencadeada pelo Ministério Público em conjunto com a Polícia Militar. As imagens captadas em vários pontos da cidade mostraram um intenso tráfico de drogas e consumo sem qualquer preocupação, a poucos metros da principal avenida da cidade.
De acordo com a nota dos promotores, "se para alguns a forma em que a matéria foi veiculada (de cidade tomada pelas drogas) causou indignação, para nós serviu de estímulo para continuarmos agindo".
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Números
A Polícia Militar de Fernandópolis também divulgou uma nota oficial à imprensa na quinta-feira,
com os números finais da “megaoperação” que aconteceu entre os dias 28 de agosto e 2 de
setembro. De acordo com Gilberto Francisco Antunes, Tenente Coronel PM-Comandante do
16º Batalhão da Polícia Militar do Interior, “o objetivo da Operação foi retirar do convívio
social pessoas atuam à margem da lei, disseminando o uso de drogas em nossa cidade, agindo
em detrimento aos valores éticos e morais cultivados por nossas famílias”. No balanço constam
os seguintes resultados:
- 138 pessoas abordadas;
- 17 pessoas presas por tráfico de drogas, sendo dois em flagrante delito e 15 em cumprimento
a mandados de prisão expedidos pela Justiça;
- 06 menores apreendidos em cumprimento a mandado expedido pela Justiça;
- 20 menores conduzidos ao Conselho Tutelar por estarem em situação de risco;
- 29 mandados de buscas domiciliares cumpridos;
- 34 pedras de crack apreendidas;
- 06 papelotes de cocaína apreendidos;
- 07 porções de maconha apreendidas;
- 01 pacote de maconha prensado apreendido;
- 4 mil ampolas de medicamento controlado apreendidos