Isoteech, em Votuporanga há dois meses, usa material parecido com Isopor como decoração
Cibeli Moretti
cibeli@acidadevotuporanga.com.br
No ramo na construção civil há mais de 15 anos, o empresário Robson Luiz Megiani, trouxe para Votuporanga recentemente uma alternativa para o setor. Com o EPS, conhecido popularmente como Isopor (marca registrada), ele propõe executar projetos de decoração, alem de solucionar problemas da construção. "Uma das vantagens do EPS é a versatilidade, podemos criar peças de qualquer formato e tamanho e dar às peças a aparência o acabamento escolhido", explica.
O produto vem sendo cada vez mais utilizado nos projetos de habitação no país e nos modernos sistemas construtivos, principalmente pelas vantagens e benefícios que proporciona como isolamento térmico, menor peso, facilidade de aplicação e por ser 100% reciclável. Para ele, em muitos casos, é possível economizar etapas da mão de obra "o resultado é um produto extremamente durável e resistente e, dependendo do trabalho, mais barato".
A iniciativa de abrir a empresa Isoteech (www.isoteech.com.br), aconteceu depois que ele viu o mesmo trabalho sendo realizado em São Paulo, por um cunhado. No início a ideia era trazer o EPS recortado em diferentes formatos e realizar apenas a instalação em Votuporanga e região. A mudança de planos aconteceu quando Robson percebeu a crescente demanda e o interesse pelos produtos na cidade. "Em dois meses, contratei quatro pessoas e tenho vagas para mais oito candidatos", conta.
Para manusear o EPS, Robson fez um curso e se profissionalizou na área. O lançamento oficial do empreendimento deve acontecer em breve, com direito a demonstração dos produtos e possibilidades de acabamentos.
No Brasil, a utilização do EPS na construção civil começou em meados da década de 90, mas somente nos últimos anos, com o desenvolvimento de sistemas construtivos modernos, é que a
sua utilização ganhou importância e relevância.
Segundo estudos recentes, até 2016, a perspectiva no Brasil de demanda de imóveis será de cerca de 10 milhões de habitações para atender ao crescimento, sobretudo da Classe C.
Devido à maior facilidade e disponibilidade de crédito imobiliário, os compradores deverão optar por imóveis novos, que utilizam sistemas construtivos modernos com materiais como o EPS no revestimento interno e em sua estrutura.
A produção mundial de EPS hoje é de cerca de 5 milhões de toneladas/ano, com destaque para a Ásia, com consumo de 2 milhões, Europa, um milhão e os Estados Unidos, com 700 mil toneladas. Nos mercados norte-americano e europeu a construção civil é o principal setor de aplicação. O Brasil representa 1% do mercado global e tem grande potencial de expansão em segmentos como construção civil e setores de embalagens e automotivo.
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