Segundo a Vigilância Epidemiológica, em 2009 foram registrados 17 casos, enquanto este ano foram 5 até o momento
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A taxa de mortalidade em Votuporanga segue em declínio. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, em 2009 foram registrados 17 casos de mortes em bebês de 0 a 1 ano. Já neste ano, até o momento, são 5.
O aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, a ampliação do acesso ao pré-natal, a expansão do saneamento básico e a vacinação em massa de crianças pelo SUS (Sistema Único de Saúde) são os principais motivos para a queda na taxa de mortalidade infantil.
Este ano, a Prefeitura lançou o programa de Desenvolvimento Infantil, em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. O projeto da Fundação tem como objetivo melhorar o atendimento e cuidado que a criança de 0 a 3 anos recebe. De acordo com o diretor superintendente da Fundação, Marcos Kissil, Votuporanga apresentou melhor atuação no projeto comparada com São José do Rio Preto, Botucatu, Itupeva e São Carlos. Entre os pontos favoráveis a Votuporanga estão 100% de acesso de grávidas a pré-natal, com quantidade de seis a sete consultas. A Fundação investiu recursos na cidade e está transmitindo conhecimentos a profissionais das áreas de educação, social e saúde para melhorar a qualidade dos serviços prestados e o atendimento a crianças de 0 a 3 anos de idade, considerada a fase da primeira infância.
Em recente audiência pública, a secretária de saúde, Fabiana Arenas Stringari Parma, exibiu números sobre partos. Foram 462 até junho, sendo em sua maioria, cesárea. "O número de parto normal é inferior do que o esperado, mas isso não é uma realidade local, mas do país. Estamos trabalhando para mostrar os benefícios do parto normal", disse. "Com UTI neonatal na cidade, o número de mortalidade reduziu bastante. Este é o único indicador que a nossa região deixa a desejar", afirmou. O município segue a linha do Estado, que também apresentou queda. Segundo balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade, o índice do ano passado ficou em 12,4 óbitos de crianças menores de um ano a cada mil nascidas vivas, contra 17,0 no ano 2000. Em relação a 1995, ano em que a taxa ficou em 24,5, a queda é de 49,3%. A mortalidade infantil é considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como o principal indicador de saúde pública. Na região de São José do Rio Preto, o índice de 2009 foi de 11,3, contra 12,5 no ano anterior.
Entre 2000 e 2009 o número absoluto de nascimentos no Estado caiu 14%, enquanto o número de óbitos foi reduzido em 36%, passando de 11,9 mil para 7,5 mil. Ou seja, 4,4 mil mortes de crianças menores de um ano foram evitadas na última década, segundo o levantamento.
Na comparação entre 2000 e 2009 as regiões que mais apresentaram queda na taxa de mortalidade infantil foram as de Barretos (40%) e Franca (20%), enquanto as menores reduções foram observadas nas regiões de São José do Rio Preto (9,4%) e Araraquara (12,5%).
Segundo o levantamento, a diminuição dos óbitos de crianças paulistas no período neonatal (até 28 dias de vida) foi a que mais contribuiu para a redução da mortalidade infantil entre 2000 e 2009, refletindo aos aprimoramentos obtidos no atendimento médico, especialmente no que diz respeito ao acompanhamento pré- natal, parto e atenção ao recém-nascido.