Andressa Aoki
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Mais uma reunião foi realizada ontem à tarde, na Casa da Agricultura. Na ocasião, os produtores rurais discutiram o estatuto para a associação de seringueira, que será em nível regional. Entre os itens, está o retorno de agricultor afastado que será somente depois de seis meses.
Na próxima quarta-feira, a associação que tem como nome provisório, Norobor (Associação de produtores rurais de borracha da região noroeste paulista), será formalizada às 14 horas, na Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).
O diretor da Regional da Cati de Votuporanga, Carlos Alberto de Luca, destacou que o momento é bom para a plantação de seringueiras. "Visitei uma empresa em Americana que produz 35 mil pneus de carros por dia, além de 1,5 mil de caminhões. Para se ter uma ideia, são utilizadas de 10 a 12% de borracha natural para os pneus de carros, 40% para os de caminhões e 100% para aviões. Também se usa para fazer asfalto", disse.
Ele enfatizou a necessidade de se discutir o estatuto da associação. "Não precisamos, no momento, de juntar associados, mas de um pessoal que irá negociar o preço de venda. A Cati está a disposição", afirmou.
O engenheiro agrônomo também ressaltou que com a entidade, os agricultores poderão ter recursos do governo. "O programa Microbacias II oferece subvenção quando há um grupo formalizado em associação há um ano. Se quiserem montar um barracão para fazer o látex,uma parte da verba será oferecida a fundo perdido. Tem que se elaborar um plano de negócios para isso. São possibilidades que poderão ser colocadas em prática futuramente", falou. De Luca também frisou que os produtores poderiam visitar a associação de Paranapuã para ver como funciona na prática.
Por sua vez, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini, sugeriu que a associação seja instalada na Incubadora de Negócios, projeto do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com a Airvo (Associação Industrial da Região de Votuporanga) e Sindimob (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Votuporanga) e Prefeitura. Diogo completou que a entidade receberia orientações. "A comercialização é o foco principal. A dificuldade atualmente é o preço, porque existe firma que paga mais para determinado produtor rural. Quando negocia uma quantidade maior, o interesse é outro. Precisamos agregar valor ao produto e não vender a borracha bruta", disse.
O diretor da Regional da Cati completou afirmando que no Acre, os heivicultores estão desenvolvendo produtos artesanais com o látex. "Quando a borracha caiu o preço para R$ 1,muitos começaram a produzir o látex, aumentando em 30% o uso do material em objetos. Com a Incubadora, teremos suporte e capacitação", destacou.
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