Presidente do Fundo Social, Juliana Castrequini Marão, explicou como funcionará o projeto
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Recuperar a auto-estima dos desabrigados e auxiliar na sua reinserção social são os objetivos do projeto SOS Votuporanga, lançado ontem à tarde pelo Fundo Social de Solidariedade, no auditório da ACV (Associação Comercial de Votuporanga).
A presidente do Fundo Social, Juliana Castrequini Marão, explicou como funcionará o programa. "O foco são as famílias que ficam com lares danificados e acabam sem teto para viver. Nós temos em Votuporanga locais que ficaram incendiados ou casas que foram construídas em locais inapropriados. Com as mudanças climáticas, o número de desastres aumentou assim como as pessoas afetadas. Em novembro de 2008, acompanhamos pelos noticiários fenômenos desconhecidos pela nação brasileira", disse. Juliana contou que a campanha do Fundo Social para arrecadação de materiais para o Nordeste foi um sucesso.
"Somente a UNP (Usina Noroeste Paulista) doou 600 camas, 400 colchões, 17 sofás e 300 armários de aço", emendou.
Ela destacou ainda que o projeto SOS Votuporanga é uma ação articulada de pronta resposta do Fundo juntamente com a Defesa Civil para diminuir as catástrofes imediatas. "O decreto 5376, de 17 de fevereiro de 2005, diz que as ações de reconstrução são de responsabilidade do prefeito. Iremos buscar apoio entre os diversos setores para fortalecer a política municipal de defesa civil, com a preocupação voltada para o enfrentamento do problema", afirmou.
As pessoas que tiverem as suas casas danificadas serão contempladas com móveis e eletrodomésticos. "Iremos equipar as residências com as arrecadações e sensibilizar a sociedade. As empresas farão um banco de dados, e só serão acionadas quando houver alguma adversidade. Elas assinarão um termo de doação. Em contrapartida, a família que receber os materiais terão uma ficha que será preenchida por um assistente social que fará um diagnóstico", enfatizou. "O intuito é diminuir a situação de vulnerabilidade, encaminhar a projetos sociais, aumento da auto-estima e voltar a normalidade social", ressaltou Juliana Marão.
Por sua vez, o subdiretor da Defesa Civil, Major Mauro César dos Santos Riciarelli, destacou que o projeto é necessário e pioneiro. "É uma satisfação da Defesa Civil, é preciso ter o órgão mais atuante dentro dos municípios. Eu infelizmente trabalhei em algumas catástrofes e a gente não imagina como é difícil perder tudo. Votuporanga é uma cidade abençoada, mesmo assim a equipe tem que estar preparada. Qualquer recuperação é difícil, o pouco que se faz é muito
para quem está nesta situação", afirmou.
Ele também fez um pedido ao prefeito Nasser Marão Filho. "A Prefeitura deveria fazer um projeto de lei para encaminhar à Câmara Municipal para que seja criada uma coordenadoria da Defesa Civil. A comissão de vocês é de 1978, mas há a necessidade de criar um órgão com força de lei perene", emendou.
O presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Carvalho da Silva, falou da satisfação de conhecer um projeto voltado para as pessoas mais carentes. "Votuporanga é exemplo neste sentido. Tivemos passamos importantes com a doação de Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), cadastro junto ao Fundo Social e agora com o SOS Votuporanga", enfatizou.
O prefeito Nasser Marão Filho ressaltou que já há estrutura para equipar três casas. "Votuporanga deu um belíssimo exemplo não só arrecadando os móveis como enviando quatro profissionais da Secretaria de Assistência Social para ajudar o Nordeste. Temos que fazer a nossa parte e sensibilizar ainda mais a comunidade", finalizou.