Casa da Agricultura em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico irá reunir produtores hoje
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Antenada com a expansão de produção de seringueira na região, a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), por meio da Casa da Agricultura de Votuporanga, Apta (Agência Paulista de Tecnologia em Agronegócios) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Votuporanga fará uma reunião de grupo de discussão da heveicultura hoje, a partir das 14 horas, no auditório da Cati.
O encontro tem a coordenação do chefe da Casa da Agricultura, Ricardo Gomes, em parceria com o diretor da Regional, Carlos Alberto de Luca e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Vicentini. Na ocasião, os agricultores irão levantar problemas, dificuldades e alternativas para melhorar a cultura no município. "A região é produtora, mas existem poucos locais com industrialização. Iremos estudar a cadeia e resolver questões pontuais, como por exemplo, a melhor maneira de comercializar borracha, com possibilidade de ser analisada a criação de uma associação, por exemplo", explicou o assistente regional de políticas públicas
da Regional, Luiz Fernando Toscano.
Diogo Vicentini irá comandar a discussão, que também contará com a presença da gerência do Banco do Brasil. "Falará sobre os produtos da agência, incluindo financiamentos para este público. O importante é que o diagnóstico abordará o ramo, agregando valores na borracha e condicionando uma aglotinação de heveicultores", completou. São R$ 20 milhões disponibilizados ao produtor paulista pelo Banco do Brasil, com juros de 6,75% ao ano. O teto de financiamento será de R$ 100 mil por tomador, limitado a R$ 7 mil por hectare.
A cultura está em expansão. A heveicultura paulista cresceu em produção 6,6%, nos últimos 12 anos, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, em função da melhoria tecnológica, treinamento de mão-de-obra e encorajamento à produção consorciada.
O Brasil desponta como o país com maior potencial no panorama mundial para atender a demanda crescente, principalmente dos países em desenvolvimento como a Índia e a China, que apresentam ritmos de crescimento acelerado.
Segundo dados do Levantamento das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo – Lupa – 2008, existem 4.402 propriedades produtoras de seringueira, totalizando 77.370,40 ha. São José do Rio Preto destaca-se como a principal região, seguida pelos EDRs de General Salgado, Barretos, Votuporanga, Jales e Tupã. A renda bruta na agricultura do Estado de São Paulo em 2008 foi de R$ 38,5 bilhões. Segundo a engenheira agrônoma da Casa da Agricultura, Vanda Bazzo, são 120 produtores rurais de seringueira em Votuporanga, o que representa 1,8% da produção do Estado. "A região noroeste é propícia, sem contar que a cultura é bem rentável. O investimento inicial é alto, mas o retorno vem", destacou. A média de preço é de R$ 3 por quilo. A seringueira é uma espécie que pode ser explorada comercialmente desde o momento em que entra em produção até o final do seu ciclo de vida, que pode durar até 50 anos. A estimativa de renda com a exploração de um seringal de um hectare é de R$ 800 mensais, aproximadamente. O corte para a sangria é feito a cada quatro dias. Cada árvore produz 1 quilo de látex por corte. A sangria pode ser feita o ano todo, exceto no mês de julho, quando as árvores perdem as folhas.