Somente neste ano foram aprovados 10 loteamentos e mais 11 estão em fase de análise
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Que o mercado imobiliário de Votuporanga está aquecido ninguém duvida. A procura para locação e venda de imóveis cresce a cada dia. Na mesma proporção, aumenta o número de pessoas que estão apostando no ramo.
Os loteamentos estão acentuados na cidade e demonstram o quanto a área é viável. "A demanda por lotes continua alta e de alguns anos para cá se acentuou", disse o secretário de Desenvolvimento Urbano, Jorge Seba, em entrevista ao jornal A Cidade. Ainda de acordo com o secretário, no ano passado, foram aprovados dois loteamentos. Já no primeiro semestre deste ano, foram 10 e mais 11 projetos estão em estudo.
Ele destacou que todos estes empreendimentos são acompanhados pela Prefeitura. "Devem estar de acordo com as diretrizes municipais e com a legislação, inclusive entregues com a infraestrutura pronta, facilitando a vida do comprador e beneficiário que irá usufruir. Qualquer loteamento que na cidade, não há possibilidade de se tornar irregular porque deve se enquadrar com as normas do uso do solo, desde o início com a gleba crua até o lote", ressaltou.
Seba contou que a Secretaria está encaminhando para a Câmara Municipal um documento para que mude a lei orgânica do município, obrigando novos serviços de infraestrutura entregues. "Os terrenos devem possuir abastecimento de água, coleta de esgoto, drenagem pluvial, guias, sarjetas, redes de energia elétrica e de telefonia, pavimentação asfáltica, arborização urbana e sinalização viária. Os investidores possuem 24 meses para concluir esta etapa assim que for aprovado o loteamento. Logo em seguida, as casas podem ser construídas", reforçou.
A aprovação de um empreendimento se enquadra no Plano Diretor, além de ter licenciamento junto ao Estado e órgãos responsáveis. "Estamos atentos para que não haja assentamentos e loteamentos irregulares, inclusive a Secretaria de Obras acompanha todos os procedimentos para saber se estão a critério", enfatizou. A aprovação de um loteamento demora de seis meses a um ano.
O secretário acredita que a cidade tem procura de moradia e que os preços dos terrenos estão colaborando para a compra. "Existem planos especiais de parcelamento que permitem que as pessoas adquiram os lotes", disse.
Ele destacou três pontos da cidade que estão em expansão do setor imobiliário. "Os quatro cantos de Votuporanga estão se desenvolvendo, mas em especial para a região da Zona Norte, Oeste e Sudeste são os mais procurados", afirmou.
Com todo este mercado aquecido, Seba ressaltou que reflete em rapidez de urbanização. "Pela demanda que se tem, o valor do solo, do custo da gleba, está mais alto do que em outras cidades, em alguns lugares chegando a se igualar com São José do Rio Preto, o que exibe uma resposta do empreendedor na compra de lotes", completou
A Prefeitura também possui seus loteamentos de casas populares. O Conjunto Habitacional Monte Verde, que contempla 454 residências por meio de um convênio com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), está em fase de infraestrutura. O Monte Alto, de 210 unidades habitacionais, terá a sua ordem de serviço expedida pela Caixa Federal em poucos dias. "Já as 70 unidades para os bairros Ipiranga I e II e São Lucas estão em fase final de aprovação da Caixa e são do programa federal Minha Casa, Minha Vida", disse. O secretário adiantou que há um outro projeto de um novo loteamento que está em
estudo para casas populares. "É importante que haja adensamento dos pontos da cidade onde os loteamentos já foram entregues para que a população possa ficar mais próxima do serviço público oferecido, barateando o custo para o município. Os empreendedores estão cumprindo a finalidade que se prepuseram: moradia digna, urbanização, organização territorial. O Plano Diretor prioriza atualizações, preparando algumas mudanças pontuais para que a cidade se prepare para os
loteamentos e impacto destas obras que o prefeito Nasser Marão Filho traz para Votuporanga. O município é bem visto por aqueles que o procuram e cabe ao Poder Público oferecer condições de urbanização", finalizou.