Para Meidão, poderes locais estão inertes quando o assunto é a realização do carnaval open bar
Cibeli Moretti
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Na tarde de ontem, durante audiência pública para apresentação das atividades da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso pressionou o secretário da pasta, Diogo Mendes Vicentini, para que a Prefeitura se faça mais atuante para resolver a situação do carnaval local.
Segundo Meidão "se o carnaval representa tamanha geração de emprego e renda para o município por que os líderes de sindicatos, Associação Comercial e secretarias competentes não se manifestaram até agora, de forma efetiva, para defender seus interesses?", indagou.
O assunto, polêmico na cidade desde o mês de abril deste ano, depois de uma briga envolvendo o menor Tonny Aparecido Custódio nas proximidades de uma casa noturna que promovia uma festa open bar, tomou boa parte da audiência pública.
Para Diogo, o assunto deve ser tratado com respeito e seriedade entre todas as partes envolvidas. "Não há dúvida de que o evento deu visibilidade nacional e até internacional para Votuporanga, alavancando o setor turístico, e que o carnaval sempre foi destaque pela segurança e qualidade que proporciona a seus foliões", explica Diogo.
Cauteloso, o secretário até citou um ditado que mostra a complexidade da situação: "diz o ditado: quem tem juízo não briga com promotor nem delegado", disse.
Enquanto isso, até segunda ordem, estão suspensas pelo Ministério Público a realização de festas open bar na cidade. Por outro lado, o grupo responsável pela realização do carnaval já verbalizou a inviabilidade do evento em outros moldes, se não o open bar. "Já perdemos uma das micaretas para outra cidade e vamos perder outra se nada for feito", disse Meidão.
Diogo se mostrou indignado por Votuporanga perder uma festa do porte do carnaval, enquanto outras cidades, como Blumenau, em Santa Catarina, realizam eventos como o Oktoberfest. O secretário disse também que apesar do silêncio, o que se vê ouve nas rodas de conversa é a indignação generalizada pela não realização da festa. "Na minha opinião, falta os poderes se entenderem e resolver a situação de maneira sensata e que nenhum dos lados saiam prejudicados". Para finalizar, Diogo disse acreditar em um entendimento próximo entre as partes.