Prefeito Nasser Marão Filho e o presidente da Câmara, Osvaldo Carvalho, irão se reunir com os moradores
Andressa Aoki
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Após anos de reivindicação, os moradores das áreas da Fepasa (Ferrovia Paulista)
estão próximos de receberem as escrituras de suas casas. Segundo o presidente da
Câmara Municipal, Osvaldo Carvalho da Silva, as negociações para a liberação das residências estão bem adiantadas. "Existem etapas: a de comodato, a transferência para a União e em seguida, para o município. Por fim, a Prefeitura repassa para os moradores. Já estamos na fase em que os imóveis estão sendo encaminhados para a União ", explicou.
Uma reunião será marcada com o prefeito Nasser Marão Filho, o presidente da Câmara Municipal e os moradores para explicar o andamento do processo. "Vamos dar satisfações, uma vez que a reivindicação é antiga", completou Osvaldo.
Em junho, o prefeito assinou o pedido de transferência das áreas. A Fepasa é proprietária da estação ferroviária, imóvel onde está localizado o almoxarifado da Prefeitura e as casas nas proximidades da estrada de ferro. No começo do ano, Marão havia se reunido em Brasília, juntamente com os vereadores Mehde Meidão Slaiman Kanso e Osvaldo Carvalho para reivindicar os locais.
Na época, Meidão destacou o trabalho de escola do Edilberto Nunes da Silva, que serviu para que a estrada de ferro e todos os seus bens fossem doados. Estamos com termo de posse assinado, esperando apenas a escritura", disse.
Ele enfatizou as mudanças que serão realizadas no local. "Na estação ferroviária tem condições de se construir um teatro e trazer melhorias na cultura. A área do almoxarifado tinha concessão para uso, mas agora será regularizada. Conseguimos
também o espaço em frente, onde está a balança, com 71 metros de terra onde era o embarcadouro de gado e que poderão ser construídas casas populares. Além das residências dos ferroviários, que estarão com direito de posse. Trabalho de muito anos mas que deu certo", emendou.
Em março deste ano, o jornal A Cidade foi até o local para contar como viviam os
moradores dessas casas. Seo Benício Barbosa da Silva mora há 12 anos no bairro. "Morava uma mulher e ela quis mudar. Eu paguei e mudei para cá", contou. De lá para cá, foram muitas as reformas. "Quando me mudei, estava tudo caindo aos pedaços. Arrumei os dois quartos, a sala, a cozinha e o banheiro", disse. O morador tem o contrato da casa, de quando se mudou, mas mesmo assim, espera que a situação da comunidade se regularize. "Irá beneficiar todo o mundo que mora aqui, sem dúvida", emendou.
Raimundo Ribeiro da Silva, de 63 anos, mora há 8 anos no bairro. "Paguei na época R$ 1200. Comprei de um rapaz que atualmente reside na Vila Carvalho", afirmou. Ele assumiu que tem medo de sair de sua casa. "Seria ótimo ter a documentação, poderia fazer reformas para mim", emendou. Eles contaram que recebem cartas periodicamente de empresas de Belo Horizonte, Brasília, Campinas e Rio de Janeiro, para que paguem pelas casas. "Recentemente, uma mulher esteve aqui cobrando R$ 56 mil e prometendo que ia conseguir a documentação. Mas foi furada", disse Benício.