Andressa Aoki
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Cooperativismo, valorização da agricultura e desenvolvimento dos municípios foram as palavras-chaves do discurso do presidente da Assembleia Legislativa e candidato à reeleição, Barros Munhoz. Ele chegou em Votuporanga às 16 horas e foi recepcionado pelo prefeito Nasser Marão Filho e pelo presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Carvalho da Silva.
"Continuo na luta, mais próximo dos municípios, que estão mais ligados ao Estado do que à União. O FPM (Fundo de Participação dos Municípios) vêm caindo e ninguém entende uma vez que a receita da União sobe. Na Assembleia, me esforcei para que uma lei entrasse em vigor, que aplicada e adotada seria a solução. Ela tiraria receita das cidades que possuem em demasia e encaminharia para os que menos têm. Paulínia, de 51 mil habitantes, recebe R$ 1,2 bilhão, enquanto Votuporanga, apenas R$ 25 milhões, com uma população maior", afirmou.
Barros destacou que o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, é municipalista. "Temos o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e a Etec (Escola Técnica Estadual) que fortaleceram a saúde e a educação no Estado. O Serra não fez troca-troca, respeitando e valorizando o Legislativo. Reconheceu que o deputado está mais próximo das comunidades e sabe a demanda da cidade", completou.
O presidente da Assembleia também enfatizou que é a favor do cooperativismo. "Comecei no ramo em 1964 e a minha função era divulgar as cooperativas de crédito. Vejo a força do movimento. Sou a favor da agricultura, apesar de muitas pessoas acreditarem que a área não é importante e que um país agrícola é atrasado. Com uma agricultura forte, o país estaria melhor de como estamos agora", disse.
Ele teceu críticas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele deveria ganhar não só o Prêmio Nobel, mas o de marketing também. Parece que estamos vivendo um mar de rosas e que o Brasil foi descoberto em 2003 e que de lá para cá, tudo aconteceu. Nós somos o terceiro pior país da América Latina em questão de desigualdade social, só ganhamos do Haiti e da Bolívia. Deveria parar de dar dinheiro para as invasões em propriedades produtivas e colocar no SUS (Sistema Único de Saúde)", alfinetou.
Barros Munhoz também propõe a valorização dos servidores públicos. "A lei da
responsabilidade fiscal criou limites com os gastos com funcionalismo. Pior do que não dar aumento, é favorecer apenas os que estão ativos. O Serra desenvolveu mais de 60 planos de cargos e carreiras para os servidores", enfatizou.
Ele declarou ainda o seu apoio ao candidato a governador Geraldo Alckmin. "É o melhor candidato, melhorado com duas derrotas", disse. E também falou dos senadores. "A Câmara Federal tem 513 deputados, proporcional ao número de eleitores. O Senado é a casa dos Estados. Os nossos três senadores não fazem o que deveria ser realizado", concluiu.