André Grippi de Almeida veio junto com a São Paulo Companhia de Dança mostrar seu trabalho
André Grippi mora em Campinas, mas possui muitos parentes na cidade
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
O dançarino André Grippi de Almeida tem apenas 24 anos, mas desde os 16 trabalha profissionalmente. Ele faz parte da Companhia São Paulo de Dança, que fez uma temporada de apresentações e oficinas no último fim de semana em Votuporanga. Apesar de não ter nascido na cidade, a mãe de André e os outros tios são daqui, o que fez a sua vinda ainda mais especial para cá.
“Quando eu era criança costumava vir muito para Votuporanga com minha mãe. Sempre vim para cá em feriados para curtir a família, mas nunca pensei que viria à trabalho. Foi muito bacana ver minha família toda me prestigiando, também fiquei mais nervoso para a apresentação, sabendo que eles iriam estar lá na plateia”, contou o jovem.
André começou a dançar com 12 anos, mas só aos 16 descobriu que era aquilo que queria para vida. “Foi aí que minhas professoras me incentivaram ainda mais nesse meu sonho. Em 2009 fui para o Canadá dançar profissionalmente, depois em 2010 passei por Chicago, nos EUA, e em 2012 retornei ao Brasil. Logo quando cheguei fiz a audição na São Paulo Companhia de Dança e estou lá até hoje”, disse.
Antes de vir para Votuporanga, a Companhia estava na Europa, onde ficou por 20 dias em turnê na Itália, Áustria e Israel. André disse que algumas das apresentações feitas no exterior também foram encenadas em Votuporanga.
“A companhia trabalha com danças clássicas e contemporâneas, então temos que nos desdobrar para dançar nesses estilos diferentes. Ensaiamos de segunda à sexta-feira, das 10h às 18h, com uma hora de almoço e aos sábados, das 10h às 14h”.
André comentou também sobre a questão de ser um dançarino profissional. “Quando falo que sou bailarino as pessoas ficam espantadas em saber que é uma profissão, que há registro em carteira e tudo o que outro qualquer trabalhador tem direito”.
Para quem pretende seguir a carreira, o dançarino deixou um recado. “É preciso muita disciplina, força de vontade e amor à profissão. A dança tem seus prós e contras, principalmente no Brasil, temos que nos esforçar muito para conquistar nossos objetivos”, disse.
Ele ainda pretende ficar por um bom tempo na São Paulo Companhia de Dança. “Por mais que eu esteja no Brasil, hoje esta é a melhor oportunidade que eu tenho de trabalho. Nosso repertório é muito rico e me satisfaz como bailarino. Ainda tenho muito para crescer dentro da companhia”.