Em uma pesquisa realizada pela KPMG no Brasil durante evento sobre gestão e recuperação de ativos e investimentos, que reuniu executivos de instituições financeiras, investidores e empresários, 28% apontaram que os setores imobiliário e de construção civil devem ser os mais afetados em um cenário econômico de incertezas, o que deve demandar um esforço adicional na reestruturação dos negócios, principalmente, tanto no que diz respeito à adequação da estrutura de capital para diminuição do grau de alavancagem, quanto na redução de custos.
Segundo a pesquisa, há uma possibilidade real de aumento no número de pedidos de recuperação judicial nestes setores. Ainda de acordo com o levantamento, os outros segmentos que devem ser impactados são montadoras e autopeças (24%), energia (16%) e agronegócio (13%).
"Dentre os setores identificados, o agronegócio já vem apresentando sinais de que os impactos serão representativos. Segundo dados da única (União das Indústrias de Cana-de-açúcar), 30 usinas de cana- de-açúcar estão em processo de recuperação judicial e pelo menos outras dez devem paralisar suas atividades. Saber o momento de buscar uma reestruturação é essencial para a sobrevivência de uma empresa", afirma sócio da KPMG no Brasil e líder do setor de reestruturação, André Schwartzman,. "No agronegócio, a preocupação é ainda maior, já que muitas empresas ainda contam com uma gestão familiar, sem uma profissionalização dos processos", finaliza