O caso da família encontrada morta na manhã de sexta-feira (7), dentro de um apartamento de luxo na Zona Oeste de São Paulo, foi registrado como ‘homicídio’ seguido de ‘suicídio’. A informação foi confirmada neste sábado (8) pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe é suspeita de ter matado a tiros a namorada do filho, o rapaz e depois se matado.
De acordo com a investigação, a médica pediatra Elaine Moreira Munhoz, de 56 anos, matou a namorada do filho, Mariana Marques Rodella, de 25, e o rapaz, Giuliano Landini, de 25, ambos estudantes de medicina. Em seguida, ela se matou no apartamento da família, na Rua Passo da Pátria, na City Lapa.
Motivação
Para a Polícia Civil, a principal hipótese para explicar a motivação do crime é que ela tenha sido passional: a mulher não aceitava o namoro do casal. Segundo relatos de parentes, ela estava deprimida, um "pouco triste", fazia terapia e estaria tomando remédios.
Outra hipótese investigada é que o crime tenha sido premeditado. A polícia apura se Elaine atirou no banheiro antes de matar o filho e a namorada dele. Ela teria testado a arma e depois a recarregou para cometer o assassinato e se matar. Cartuchos teriam sido encontrados no local.
A polícia ainda quer ouvir a terapeuta, para saber se Elaine sofria de alguma doença, vizinhos e anexar o resultado dos exames periciais para concluir o inquérito. Mas isso não muda a versão que ela trabalha até o momento para saber o que aconteceu dentro do segundo andar do prédio.
Os policiais chegaram a essa tese preliminar de assassinato seguido de suicídio depois de ouvirem testemunhas e examinarem a cena do crime. Após relatarem o inquérito, ele será submetido à Justiça, que deverá arquivá-lo, já que a autora do assassinato se suicidou.
Na sexta, o delegado Daniel Cohen, do 91.º Distrito Policial, Ceasa, declarou à imprensa que investiga a possibilidade de Elaine ter matado Giuliano e Mariana por causa de uma depressão causada por não aceitar o namoro dos dois. Testemunhas contaram que a mãe do rapaz era contrária ao relacionamento de seis anos do filho, pois achava que o relacionamento amoroso piorou o desempenho acadêmico dele. Ela estaria com medo de o rapaz abandonar o curso de medicina. Giuliano estava no quinto ano da faculdade da Santa Casa.