De acordo com Paulo Henrique Mateus de Castro, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), com a quebra do sigilo telefônico poderá se verificar se houve, por exemplo, a colaboração de uma terceira pessoa para o crime. A mãe e o padrasto do menino estão em prisão temporária, de 30 dias. Nesse período, o delegado pretende fechar a investigação e pedir a prisão preventiva do casal.
"A juíza quebrou o sigilo telefônico dos dois suspeitos e de mais algumas pessoas. Com isso, pretendemos fortalecer algumas provas já existentes". O delegado disse que pretende ouvir Guilherme Longo - que está detido em um presídio da região - ainda nesta terça-feira. "Por questões de segurança, não divulgamos o local em que ele está, mas é de fácil acesso", afirmou.
Entre as pessoas que serão ouvidas pela polícia estão funcionários da escola em que o menino estudava. "O menino estava há cinco dias sem ir à aula, justamente por não estar bem emocionalmente, por conta de ter de receber insulina várias vezes por dia."
Segundo do delegado, as imagens das proximidades da casa do garoto não são conclusivas e precisam ser analisadas com tranquilidade. "Não temos a imagem dele (Guilherme) saindo da casa. Temos uma imagem de uma pessoa carregando alguma coisa". O delegado acredita que o menino tenha sido retirado da residência entre 0h e 3h da última terça-feira, 5 de novembro. O corpo só foi encontrado domingo, boiando em um rio na cidade de Barretos.
O delegado conta ainda que Natália tem colaborado com as investigações desde que o corpo de Joaquim foi encontrado. "São detalhes interessantes para a investigação, principalmente em relação ao comportamento do marido".
Natália e Guilherme tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada. Segundo a polícia, a expectativa é de que até o término deste prazo, os laudos e provas periciais estejam prontos para reforçar as hipóteses levantadas pela investigação. Além disso, a polícia aguarda os resultados dos exames necroscópicos para comprovar a causa da morte de Joaquim.