“Cresceu proporcionalmente mais os conceitos 3, 4 e 5 do que o 1 e o 2. Dos cursos avaliados, 70% têm nota acima de 3, então tivemos um crescimento para a qualidade”, disse Mercadante. Segundo os dados divulgados pelo MEC, 43,9% das graduações alcançaram a nota 3, 19% a nota 4 e apenas 5,4% atingiram o nível mais alto, com conceito 5.
Para o ministro, um dos responsáveis pelo percentual desfavorável são as faculdades isoladas – aquelas que não pertencem a universidades ou centros universitários. Nessas instituições, 3% dos cursos ficaram com nota 1 e 32,7% com nota 2. As universidades, em comparação, registraram percentuais menores nos conceitos mais baixos (2,3% para nota 1 e 18,9%, conceito 2).
O ministério ressaltou, no entanto, que os 30% dos cursos mal avaliados não significam que o mesmo percentual de estudantes esteja com rendimento baixo. A base de cálculo leva em conta 6.306 cursos, pertencentes a 1.646 instituições de ensino superior.
“Quando a gente olha o conjunto, é bem menos de 30% dos estudantes”, disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa.
O Enade tem por objetivo medir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos exigidos. O resultado nas provas é utilizado pelo MEC para compor o Índice Geral de Cursos - uma avaliação da qualidade da educação superior.
O exame é um dos critérios de avaliação do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que avalia faculdades. Uma nota ruim pode resultar no fechamento do vestibular. “Nós poderemos fechar o vestibular, como fizemos ano passado, de 200 vestibulares”, disse Mercadante.