A universidade disse que faltou diálogo com as instituições de ensino e entidades médicas e pede a retirada de pauta do programa Mais Médicos
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) criticou o programa Mais Médicos, lançado pela presidente Dilma Rousseff na semana passada e que, além da contratação de médicos estrangeiros, prevê a ampliação em dois anos do curso de medicina e a criação de novas vagas em instituições públicas e privadas. Em nota, a direção da faculdade disse que está "preocupada" com os impactos das medidas na formação médica no Brasil e na qualidade do atendimento à população.
Sobre a ampliação na duração do curso de medicina, que passará a contar com um estágio obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), a USP disse que a proposta só servirá para atrasar a formação médica. "Se a questão é a falta de médicos, o adiamento de sua formação irá piorar o quadro atual. Se a questão é distribuição dos médicos por todas as regiões do Brasil, a MP não oferece respostas para a migração desses estudantes com a necessária supervisão desses alunos", diz a nota.