Quem
nunca ouviu falar que o Vaticano é o menor “país” do mundo? Pois bem, vamos conhecer
um pouco mais deste lugar que fascina católicos e não católicos do mundo todo.
Na verdade, o Vaticano é uma cidade-estado e o menor Estado independente do
mundo, encravado na zona norte de Roma. Residência oficial do Papa e sede da
Igreja Católica, o Vaticano atrai a atenção de turistas dos quatro cantos do
mundo.
Com
uma área de apenas 0,44
quilômetros quadrados, o Vaticano está situado no meio
da capital italiana, por isso não possui área costeira. A defesa da
cidade-estado fica por conta da Guarda Suíça, criada em 1503, quando o Papa
Júlio II solicitou aos nobres suíços proteção. Cerca de 150 nobres tidos como os melhores e mais corajosos chegaram a Roma
vindos dos cantões de Zurique, Uri, Unterwalden e Lucerna. O seu comandante era
o capitão Kaspar von Silenen. Fora da
Cidade do Vaticano, o Estado possui 13 edifícios em Roma e Castel Gandolfo (A
residência de Verão do Papa) gozando de direitos extraterritoriais.
A cidade tem clima temperado, leve, com invernos chuvosos
(de setembro a meados de maio) e verões quentes (de maio a setembro). Situa-se
numa colina baixa. A colina foi chamada de Vaticana (em latim: Mons Vaticanus), uma vez que existia
muito antes do Cristianismo. O nome é suspeito de pertencer inicialmente à língua
etrusca. O Vaticano não possui nenhum recurso natural e é fundamentalmente
urbano e nenhuma das terras está reservada para agricultura ou outro tipo de exploração
de recursos naturais. A cidade-estado exibe um impressionante grau de economia,
nascida da necessidade extremamente limitada, devido ao seu território. Assim,
o desenvolvimento urbano é otimizado para ocupar menos de 50% da área total, ao
passo que o resto é reservado para espaço aberto, incluindo os Jardins do
Vaticano. O território possui muitas estruturas que ajudam a fornecer autonomia
ao Estado soberano, estes incluem: linhas ferroviárias, heliporto, correios,
estação de rádio, quartéis militares, palácios e gabinetes governamentais,
instituições de ensino superior, cultural e de arte, e algumas Embaixadas.
A economia do Vaticano é baseada na captação de donativos
das comunidades eclesiais (igrejas) pertencentes à Igreja Católica, Apostólica
e Romana no mundo inteiro. Essa arrecadação supre fundos para as despesas do
Vaticano com a evangelização e os programas sociais que desenvolve, igualmente
no mundo inteiro. Outra forma de captação de recursos é com o turismo no
complexo dos "Museus Vaticanos". Não há outro lugar no mundo com
tanto valor artístico e intelectual concentrado como no Arquivo Secreto do
Vaticano, na Biblioteca Apostólica Vaticana, e nos acervos de arte (pintura,
escultura e arte sacra) das igrejas romanas.
Através de um acordo com a Itália, representando a União
Européia, a unidade monetária do Vaticano é o Euro. O Estado tem a sua própria
concepção de moedas e notas de euros, que têm aceitação na Itália e em outros
países da Zona do Euro. O Vaticano não tem uma casa de emissão própria, de
forma que tem um acordo com a Itália para efetuar a cunhagem, que não pode ser
superior a 1 milhão de euros anuais.
A população vaticana é composta por membros da Igreja,
que devido às suas funções, residem lá. Além do Papa, residem e trabalham lá
Bispos, Cardeais, Arcebispos e outros funcionários importantes da Igreja
Católica (existe um número reduzido de cidadãos comuns). A maioria dos
funcionários estáveis é italiana. Um número considerável é suíço e o restante
originário de diversos países.
Evidentemente, a religião oficial é o Catolicismo e a
língua oficial é o Latim, embora só seja utilizado em documentos oficiais e em
rituais cerimoniais. A língua falada é o Italiano.
A cultura do Vaticano é obviamente correspondente à
cultura da Igreja Católica, o seu expoente são as obras de arquitectura como a
Basílica de São Pedro, a Arquibasílica de São João Latrão, a Praça de São
Pedro, a Capela Sistina e a coleção do Museu do Vaticano. O palácio onde reside
o Papa tem 5 mil quartos, duzentas salas de espera, 22 pátios, cem gabinetes de
leitura, trezentos banheiros e dezenas de outras dependências destinadas a
recepções diplomáticas.
Dos fogões vaticanos saíram tentações como os ovos
beneditinos (um capricho de Bento XI), a lagosta com trufa branca (habitual nas
coroações do Renascimento), a musse de faisão ao molho chaudfroid (prato
preferido de Pio VI) ou o maçapão de água de rosas (uma iguaria na Idade
Média).
Indo ao Vaticano não deixe de apreciar a beleza da Basílica de São Pedro, a maior igreja
do Cristianismo e um dos locais cristãos mais visitados. Dentro dela cabem 60
mil pessoas e embaixo do altar está enterrado São Pedro.
Em frente à Basílica está situada a Praça de São Pedro,
que foi desenhada por Bernini no Século XVII em estilo clássico com adições do
barroco. Ao centro, o turista pode observar um obelisco do Antigo Egito.Quase
todos os visitantes que chegam ao Estado do Vaticano visitam primeiro a Praça.
É lá que o Papa celebra a Missa Pontifícia nas maiores festas da Igreja.
Outro lugar muito interessante de se visitar e tirar
muitas fotos é a Capela Sistina. Localizada no Palácio Apostólico, residência
oficial do Papa, foi erigida nos anos 1475 a 1483, durante o pontificado de Sisto IV.
A Celebração Eucarística de inauguração ocorreu em 15 de agosto de 1483. O
local ficou mundialmente conhecido por ser lá que acontece os conclaves para a
eleição do Sumo Pontífice. O teto da capela é totalmente decorado com obras de
Michelangelo.
Já a Basílica de
São João de Latrão, localizada na praça de mesmo nome, é a Catedral do
Bispo de Roma: o Papa. Seu nome oficial é Archibasilica Sanctissimi Salvatoris
(Arquibasílica do Santíssimo Salvador) e é considerada a "mãe" de
todas as igrejas do mundo.Como catedral da Diocese de Roma, contém o trono
papal o que a coloca acima de todas as igrejas do mundo, inclusive da Basílica
de São Pedro.
Os Museus
Vaticanos constituem um conglomerado de renomadas instituições culturais
da Santa Sé, que abrigam extensas e valiosas coleções de arte e antiguidades
colecionadas ao longo dos séculos pelos diversos Pontífices Romanos. Além
destas instituições relativamente independentes entre si, das quais algumas
possuem também sub-seções mais ou menos autônomas, os Museus Vaticanos supervisionam
uma série de outros espaços dentro dos palácios da cidade do Vaticano, como
galerias e capelas, que por si mesmos guardam alto interesse arquitetônico,
histórico e artístico.
Por tudo isso vale visitar o Vaticano e se encher de
cultura que remontam há vários séculos e torcer para conseguir ver o Papa.