645 prefeituras receberam e já estão respondendo um questionário com dez perguntas sobre o tema
A Assembleia Legislativa quer obter um retrato da situação do crack e outras drogas nos municípios paulistas. Para tanto, as 645 prefeituras receberam e já estão respondendo um questionário com dez perguntas sobre o tema. A iniciativa de realizar este Diagnóstico partiu dos deputados da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, coordenada pelo deputado Donisete Braga (PT).
Segundo o deputado, uma pesquisa feita por telefone pela da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontou que o crack já atinge 83 % dos municípios paulistas. "A situação se agrava a cada dia, as drogas já estão até na zona rural. Nosso objetivo é mostrar que os municípios precisam de ajuda financeira dos governos federal e estadual para este enfrentamento. Vamos levar esse diagnóstico para a Comissão de Finanças e Orçamento, que decidirá sobre os investimentos em 2012", explicou. Todos os 28 deputados da frente, segundo o coordenador, estão se empenhando em suas bases para que os prefeitos respondam o questionário. Mais de 150 deles já enviaram respostas, inclusive o da capital, cidade que abriga uma "cracolândia" na região central com cerca de 400 dependentes químicos.
O questionário elaborado pelos deputados da frente busca respostas para perguntas como o número de dependentes químicos do crack e outras drogas, sobre a droga mais presente, se há leitos do SUS para os dependentes, faixa etária deles, índice de reincidência nos tratamentos, se recebem ou não recursos públicos, além do montante que acreditam ser necessário investir em um programa local, entre outras questões.
Audiências públicas
O tema do avanço das drogas será levado às 18 audiências públicas que a Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia realizará em todas as regiões do estado, a partir do dia 19 de agosto próximo. "Com o Diagnóstico, com a realidade nas mãos, teremos melhores condições de pressionar por verbas para os municípios e por mais ação dos Executivos municipais", acredita Donisete Braga.