Da Redação
O Papa João Paulo II (foto) será beatificado neste domingo pelo Papa Bento XVI. A cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre Normand do Mal de Parkinson foi o milagre reconhecido para a beatificação. O Rito de Beatificação será presidido por Bento XVI, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no II Domingo da Páscoa - conhecido como da Divina Misericórdia, Festa litúrgica instituída pelo próprio João Paulo II.
"A sua vida e o seu Pontificado foram percorridos pelo desejo de dar a conhecer ao mundo todo [...] a consoladora e entusiasmante grandeza da misericórdia de Deus", afirma o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
A beatificação será feita em tempo recorde - normalmente, o Vaticano leva cinco anos só para começar todo o processo. Quando João Paulo II morreu, uma multidão reunida na Praça de São Pedro para os funerais gritava: "Santo já, santo já". O tempo mais curto para promulgar o decreto tratando do milagre foi justificado, em comunicado do Vaticano, pela "imponente reputação de santidade da qual gozava o papa João Paulo II durante sua vida, em sua morte e depois de sua morte". O caso foi levado à comissão de cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos nesta semana. O milagre foi aprovado pela comissão.
O processo de beatificação é a última etapa para que Karol Wojtyla - que morreu em 2005 após um pontificado de 27 anos - passe a ser reconhecido santo pela Igreja Católica. A ele é atribuída a cura de uma freira que sofria de Parkinson, doença degenerativa. A religiosa conta que ela e uma amiga pediam a João Paulo II o milagre, que teria ocorrido dois meses após sua morte. A canonização requer a ratificação de mais um milagre.
A cerimônia de beatificação atrai fiéis de várias partes do mundo. Já estão em Roma chefes de Estado e de Governo de 62 países. A comitiva brasileira, comandada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, chegou sexta-feira à noite. Integram ainda a comissão o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, e o embaixador do Brasil na Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa.