O objetivo é integrar ainda mais a Polícia Militar, buscando igualar o tratamento
Da Redação
O governador Geraldo Alckmin assinou, nesta semana, mensagem que propõe à Assembleia Legislativa a unificação dos quadros feminino e masculino da Polícia Militar. A cerimônia, que contou com a participação do secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, foi realizada no Quartel do Comando Geral da PM, no bairro da Luz, na região central da Capital, e também comemorou o 56º aniversário do policiamento feminino na corporação. "As mulheres trouxeram garra, dedicação, profissionalismo e sensibilidade à Polícia Militar. E São Paulo é uma vanguarda. Foi pioneiro no Brasil e na América Latina a ter um corpo feminino de policiais. Agora, com a unificação do quadro, teremos uma simetria", enfatizou o governador.
Se em meados de 1955 a incorporação da mulher nas atividades de polícia teve o
objetivo de inclusão, a meta, agora, passa a ser de igualdade. As policiais militares
terão as mesmas possibilidades de ingresso e mobilidade dentro da corporação, assim como iguais possibilidades de desenvolvimento profissional dentro da PM. O objetivo é integrar ainda mais a Polícia Militar, buscando igualar o tratamento dos seus policiais. Atualmente, salários e tempo de serviço são iguais para os policiais militares de ambos os sexos. A unificação do quadro feminino e masculino reforça o processo de igualdade, respeitando as diferenças, peculiaridades e compreensões físicas de cada um.
O concurso para soldado de 2ª classe, por exemplo, passa a igualar as condições de ingressos para homens e mulheres. A PM não vai mais destinar uma porcentagem para o quadro feminino, o que acabava possibilitando uma maior participação de policiais masculinos. Referente às promoções, hoje existe uma diferença no posto de coronel, topo da cadeia de comando – são três vagas para o quadro feminino, já preenchidas, e 58 para o masculino. A unificação trará a todos a oportunidade de concorrer a 61 vagas, no total. Além disso, a mudança permite ao oficialato feminino ocupar os cargos de comandante-geral da PM ou chefe da Casa Militar.
As mulheres realizarão os mesmos trabalhos desempenhados pelos homens da corporação. Antes da mudança, os serviços prestados pelas mulheres na PM eram
focados na segurança de mulheres, menores de idade e pessoas que necessitam de
tratamento especial, como deficientes físicos, por exemplo. O que permanece é a
revista: os policiais masculinos revistam homens e as policiais femininas revistam mulheres.
O Estado de São Paulo conta, atualmente, com 17.899 mulheres nas polícias Militar, Civil e Técnico-Científica. Somente na Polícia Militar são 8.520 mulheres, que atuam em todos os comandos de policiamento de área e batalhões. A corporação conta com 335 mulheres no cargo de oficiais e outras 8.185 praças.