Da Redação
Depois de uma negociação tensa entre o Palácio dos Bandeirantes - sede do governo paulista - e a Câmara de Vereadores da capital, o PSDB paulista elegeu domingo o secretário estadual de Gestão Pública, Júlio Semeghini, para conduzir o diretório municipal da sigla. Dos 71 votos possíveis ele recebeu 70. Já a escolha dos 70 membros titulares do diretório e seus 24 suplentes, prevista para ocorrer na mesma votação, não ocorreu. Um acordo selou a proposta de que essa definição ocorra em uma reunião na próxima quinta-feira.
A eleição de Semeghini significa, na prática, que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, terá peso significativo na escolha do candidato da sigla para a Prefeitura de São Paulo.
Publicamente, embora tenha admitido que ainda é cedo para discutir o assunto,
Alckmin defendeu que o ex-governador José Serra seria o melhor nome para a disputa.
No entanto, se Serra não aceitar a missão, como vem manifestando, a candidatura será escolhida entre os secretários estaduais José Aníbal (Energia) e Bruno Covas (Meio Ambiente), e o titular da Secretaria Municipal de Esportes da capital, Walter Feldmann, que corre por fora.
Aníbal, muito próximo de Alckmin, abriu mão de disputar o Senado em 2010 depois de ferrenha disputa interna. Bruno, neto do governador Mário Covas, também tem a simpatia do governador e o cacife de quase 240 mil votos na eleição para deputado estadual, o mais votado do País.
Passada a escolha do diretório municipal, o PSDB volta às urnas na primeira semana de maio para eleger o deputado estadual Pedro Tobias para a direção estadual. "A condução do Tobias à presidência do partido foi uma convergência natural", afirma o presidente estadual, Mendes Thame. Em 29 de maio o partido promoverá sua convenção nacional, com forte tendência para reeleger o senador Sérgio Guerra ao posto.