Após ato de formalização jurídica, partido de Gilberto Kassab surge com 31 deputados federais
Da Redação
O ex-prefeito de Valentim Gentil, Liberato Rocha Caldeira, deverá ser o coordenador regional do Partido Social Democrático (PSD) na região Noroeste paulista e um dos organizadores do partido no Estado de São Paulo. Ele participou na quarta-feira do ato de formalização jurídica, em Brasília, cerimônia que contou com as principais lideranças do novo partido, entre as quais o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (ex-DEM).
Participaram ainda do evento dois senadores: Kátia Abreu (TO) e Sérgio Petecão
(PMN-AC). A senadora é, inclusive, cotada para assumir a presidência nacional da legenda. A expectativa dos criadores é que até julho seja realizada a primeira
convenção nacional. É nela que será escolhida a executiva nacional do PSD. Outros que devem entrar no partido são o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), os vice-governadores de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (DEM), da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSDB), e da Bahia, Otto Alencar (PP).
Segundo Liberato, que disputou uma cadeira na Câmara Federal pelo PP, no ano
passado, o PSD nasce com a oitava maior bancada individual da Câmara. Até o
momento, 31 deputados, entre titulares e suplentes, já se inscreveram na nova sigla.
Liberato informou ainda que vê uma grande perspectiva de crescimento político no
PSD, que nasce reunindo lideranças de alto gabarito. "A senadora Kátia Abreu vem lutando conosco desde 1995, em defesa da agricultura, tem um histórico grande e acompanhei tudo de perto. Dias atrás, no manifesto em prol do Código Florestal, ela teve papel de destaque", revelou Liberato. Kátia Abreu, além de senadora pelo estado de Tocantins, é presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), enquanto que Liberato é presidente da Frente Nacional da Produção (FNP) e diretor por São Paulo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Para existir formalmente, o PSD precisa coletar pelo menos 500 mil assinaturas em
cinco estados diferentes para entregar a inscrição à Justiça Eleitoral. "Vamos trabalhar numa grande frente para fazer o partido crescer, pois surge como uma nova alternativa para a política brasileira", disse Liberato.
Para ele, o PSD surge com o conceito de uma agremiação pautada pelo equilíbrio e busca de coalizão, longe de radicalismos, em prol de uma sociedade mais justa e
igualitária. “Não seremos partido de reboque e muito menos partido de cabresto.
Também não faremos oposição por oposição. Vamos apoiar o governo nas ações que entendemos positivas para a população e atacar ferozmente aquilo que contrariar os interesses da coletividade”, avisou.
Para o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), a legenda será independente.
Ele disse que os parlamentares que apoiaram a presidenta Dilma Rousseff durante a campanha poderão manter a mesma postura, assim como aqueles que fazem parte da oposição ao governo federal.
“Estamos à disposição para ajudar a presidenta Dilma, queremos que seu governo dê certo. Mas isso não significa alinhamento com o governo, ser base de apoio”, disse Kassab.