Da Redação
Toda a frota de veículos do Estado de São Paulo será alvo da inspeção veicular obrigatória, caso a vontade de Bruno Covas, secretário estadual de Meio Ambiente, prospere. Sem dar datas concretas, o secretário disse que vai atuar para que o projeto de lei sobre o tema, que está parado na Assembleia Legislativa, seja aprovado. "O mais breve possível", afirmou. Em entrevista, ele disse que tem "urgência nisso, mas o assunto será pautado quando houver consenso."
O limite de ruído fixado pela legislação varia dependendo do carro. Serão usados os dados de barulho fornecidos pelo fabricante. Na ausência deles, a tolerância será extraída de uma tabela cujos valores variam entre 92 e 103 decibéis —semelhante ao ruído emitido por um cortador de grama. Estimativas indicam que menos de 2% da frota inspecionada é barulhenta.
Outra mudança no tempo de medição de poluentes em marcha lenta. O objetivo é atenuar distorções —incluindo as que atingiam alguns modelos de seminovos reprovados em seguidos testes.
Antes, a captação dos gases era feita num tempo de 30 segundos programado pelo equipamento. O problema é que esse período não era suficiente para estabilizar a medição em parte dos veículos. Agora, houve uma reprogramação do aparelho para permitir um prazo adicional de até mais 30 segundos.
Limbo
Os limites de CO (monóxido de carbono) não mudam. As montadoras passaram a reivindicar alterações porque a lei permite a homologação de carros na fábrica com até 0,5% de CO.
Mas a vistoria, na prática, é mais rígida: só tolera até 0,3% para os fabricados desde 2006. O assunto segue sob análise no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Os contrários à mudança alegam que, na prática, apesar de a lei permitir mais, quase todos os veículos são homologados abaixo do limite exigido na inspeção.
A estimativa de técnicos é que, em 2010, em torno de 10 mil veículos tenham sido reprovados com limites de CO entre 0,3% e 0,5% —limbo que é alvo do questionamento.
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