Dilma Rousseff anunciou ontem a gratuidade para medicamentos contra a diabetes e a hipertensão
Da Redação
Ao completar seu primeiro mês de governo, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem a gratuidade para medicamentos contra a diabetes e a hipertensão em uma rede de 15 mil drogarias conveniadas à rede Farmácia Popular em todo o país.
A medida foi uma das primeiras promessas de campanha de Dilma. Hoje, o programa 'Aqui Tem Farmácia Popular' já garante desconto de 90% em medicamentos contra uma série de doenças, inclusive diabetes e hipertensão. As drogarias conveniadas terão até o próximo dia 14 para começar a garantir a gratuidade. De acordo com o governo, existem hoje 33 milhões de brasileiros hipertensos.
Em sua primeira solenidade pública no Palácio do Planalto como presidente, Dilma iniciou uma era de discursos técnicos, sem muito espaço para improvisos, em contraste com o estilo de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Semelhança somente no atraso. A cerimônia começou 40 minutos depois do previsto.
Com a presença de 12 ministros, além do vice-presidente Michel Temer, dos governadores Agnelo Queiroz (DF) e Camilo Capiberibe (AP) e de senadores e deputados, Dilma buscou vincular o lançamento da gratuidade à sua meta de erradicar a pobreza extrema no país. '[O programa] é uma de suas expressões. É uma forma pela qual estamos dando mais um passo para a erradicação da miséria', afirmou a presidente em seu discurso de 13 minutos.
No minuto final de seu discurso, abriu espaço para improviso. E, neste momento, fez referência ao governo Lula, citando o fato de que o programa Farmácia Popular teve início na gestão do antecessor.
Logo após a cerimônia, em rápido contato com a imprensa, a presidente fez uma brevíssima avaliação sobre seu primeiro mês como presidente. 'Eu acho que o primeiro mês foi de muito trabalho e acredito que é uma indicação da quantidade de trabalho que eu tenho nos próximos', disse.
Dilma também admitiu que o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma estrutura ainda incompleta e que tem falhas. Apesar da crítica, Dilma afirmou que o SUS é uma conquista "inestimável" da democracia brasileira. "Eu acredito que o SUS é uma estrutura ainda incompleta, com falhas, que nós temos obrigações de sanar, até porque, apesar das suas limitações, é uma conquista inestimável da democracia brasileira, sistema solidário e universal fruto da Constituinte", discursou, sendo interrompida por aplausos.
A presidente também disse que ao longo do governo pretende lançar sistematicamente medidas de "fortalecimento e intensificação" do SUS, como as anunciadas hoje.
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