Estudos mostram que um número cada vez maior de jovens estão ingerindo bebidas alcoólicas
Da Redação
O álcool é uma droga feroz que faz mais vítimas do que a maconha ou cocaína e
livrar-se da dependência é muito difícil, requer tratamento adequado e muita, muita
boa vontade do paciente. É crônico, o dependente se não for persistente pode ter uma recaída a qualquer momento.
Estudos mostram que um número cada vez maior de jovens estão ingerindo bebidas alcoólicas; adolescentes entre 14 e 17 anos afirmam que já experimentaram o seu primeiro gole aos 13 anos e são "consumidores assíduos".
Tudo começa com um gole. Às vezes, a pessoa nem gosta de bebida alcoólica, mas cede por estar na companhia de amigos. Este caminho pode se tornar perigoso.
Quando o nível de álcool no sangue atinge apenas 0,10%, os efeitos são visíveis e já se percebe a falta de coordenação motora e a diminuição geral dos reflexos.
A Organização Mundial de Saúde explica que, dependendo dos precedentes
familiares, a cerveja pode se transformar em uma porta de entrada para o alcoolismo que, por sua vez, pode trazer problemas graves, entre eles, doenças hepáticas, consideradas uma das conseqüências clínicas mais graves do uso crônico de álcool.
O fígado é um dos primeiro órgãos a ser a afetado pelo álcool pois é ele quem
metaboliza a substância quando esta entra no organismo. O bom funcionamento deste órgão é essencial à vida; o fígado tem a função de "filtrar" as substâncias tóxicas absorvidas pelo intestino ou produzidas em outras áreas do organismo e excretá-las como subprodutos inofensivos.
Quando o álcool é ingerido, o pico de concentração sanguínea é atingido após 30 a 45 minutos, sendo assim, a substância leva mais tempo para ser metabolizada que para ser absorvida. Portanto, se o consumo não for controlado, o fígado começa a sentir o acúmulo das toxinas no corpo.
E tem mais uma agravante, além de o fígado ser um dos maiores órgãos do corpo
humano, ele possui a capacidade de se regenerar, conseqüentemente, os sintomas
relacionados à lesão hepática provocada pelo álcool podem passar despercebidos até que esta seja realmente extensa.
A mistura do consumo excessivo de álcool com o cigarro também deve ser
considerada e evitada. Alcoolistas que fumam mais do que um maço de cigarro por
dia apresentam três vezes mais chance de ter cirrose do que os indivíduos não
tabagistas.
Assim, em linha gerais, o único tratamento para as doenças hepáticas, causadas pelo álcool, é a abstinência da substância.
Os pais devem ficar atentos ao comportamento de seus filhos adolescentes. O velho jargão "tudo começa em casa" também vale aqui porque aquela inofensiva cervejinha do final de semana pode se tornar um problemão para a vida inteira.