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Esporte
Taison, do mundo dos rodeios para os gramados: ‘montar em touro é mais fácil que jogar futebol’
Em bate-papo no programa Bola em Jogo o defensor contou um pouco do seu passado no mundo dos rodeios
Com 32 anos e 1,89m de altura, Taison, zagueiro da Votuporanguense, tem uma história curiosa: antes de jogador futebol, ele foi peão de rodeio. Em bate-papo no programa Bola em Jogo, da rádio Cidade FM 94,7, o defensor contou um pouco do seu passado no mundo dos rodeios.
Na entrevista, o beque demonstrou ser muito família, destaque para a ligação com o pai, Elson Antônio, que foi jogador profissional de futebol, com passagens pelo Pato Branco, Unaí (de Minas Gerais) e Ponte Preta. “Meu pai era goleador, forte, rápido; chutava e cabeceava”, revelou.
Certa vez, seu Elson machucou o joelho e, na época, os médicos não conseguiram operar, porém ele continuou jogando. “Meu pai era muito forte e tinha muita velocidade. Em um jogo, ele pegou uma bola no meio-campo, no meio de dois zagueiros, e deu um tapa; mas um zagueiro não conseguiu acompanhar e deu uma tesoura por trás e ele rodou em cima da perna. A partir daí ele não conseguiu mais estar no futebol”, explicou.
Após deixar os gramados, Elson começou a trabalhar com rodeio, mais especificamente com boiadas. “Quando eu nasci, ele já estava no rodeio, então eu nasci naquele meio”, lembrou. Em uma oportunidade, o pai prometeu para Taison que, se ele “passasse de ano” (fosse aprovado na escola), poderia montar em qualquer boi que quisesse – na época o adolescente só montava em animais menores. “Eu lembro até hoje que eu cheguei em casa uma hora da tarde, com o boletim na mão, e mostrei pra ele; então ele me disse para escolher o boi que eu quisesse. Foram três pulos, mas foi uma das sensações mais felizes da minha vida na época”, recordou.
A partir daí o “mini peão” começou a participar de aberturas de rodeios, até que em determinada ocasião seu pai assinou a autorização para que o garoto, ainda menor de idade, participasse de um rodeio entre os profissionais. “Então eu fui campeão, lá em Bonfinópolis-MG, e consegui quebrar a invencibilidade de um touro bastante conhecido lá em Minas”, disse.
Depois de algum tempo, o garoto fez a transição inversa a do seu pai: saiu dos rodeios e foi para os gramados. “Ao mesmo tempo que mexia com rodeio, meu pai começou a dar aula em uma escolinha e me levava para jogar. Uma vez fomos fazer um torneio em Unaí-MG, eu jogava de primeiro volante, e um amigo do meu pai dos tempos de jogador falou com ele para eu ir para São Paulo”, lembrou. Foi então que o jovem Taison, com aproximadamente 16 anos, foi para o Botafogo de Ribeirão Preto e deixou de vez o mundo dos rodeios.
De lá para cá, ele já passou por diversas equipes até chegar ao CAV. Bem-humorado, o beque respondeu o que é mais fácil: “vou falar a verdade para vocês: montar em touro é mais fácil que jogar futebol. É mais fácil montar em boi, atacante dá trabalho”, sorriu.
Além da forte ligação com o pai, Taison Douglas Silva Xavier demonstrou que é possível ir bem mesmo em modalidades tão distintas, desde que tudo seja feito com amor e dedicação.
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