Desde a última Copa do Mundo, quando chegou na semifinal pela primeira vez em 40 anos, o Uruguai confia no devastador ataque, que conta com nomes como Forlán, Cavani e Suárez para equilibrar o time, que tem uma defesa pouco confiável. Nas últimas semanas antes do Mundial deste ano, disputado no Brasil, palco da última conquista da Celeste, em 1950, a desconfiança em torno dos atacantes aumentou. Hoje, diante da Costa Rica no primeiro jogo uruguaio na Copa, a chance se apresenta para jogar essas suspeitas para escanteio.
Com uma defesa que ainda depende da liderança do já veterano Lugano, o ataque é claramente o ponto forte do Uruguai, um dos candidatos a surpresa do Mundial. Os três principais nomes à disposição de Óscar Tabárez, porém, inspiram cuidados. Forlán, eleito o melhor jogador do último Mundial, já não é mais o mesmo. Após passagem apagada pela Inter de Milão, ele jogou no Internacional de Porto Alegre e desde o início do ano joga na J-League, o Campeonato Japonês.
Cavani é um caso curioso. Contratado pelo Paris Saint-Germain a peso de ouro em 2013, o ex-jogador do Napoli decepcionou na sua primeira temporada na França. Ele teria algumas desavenças com Ibrahimovic, principal jogador do time, e com o técnico Laurent Blanc. Sua saída parece ser questão de tempo e o Manchester United, no momento, é o favorito para contratá-lo. Cavani chega para a Copa desacreditado pela temporada abaixo das expectativas, mas segue perigoso.
Já Suárez vive situação contrária. Ídolo absoluto e melhor jogador da Premier League pelo Liverpool. O problema é físico. Em um dos primeiros treinos do Uruguai visando a Copa, o camisa 7 sofreu uma lesão no joelho direito e foi obrigado a operá-lo. Sua recuperação é descrita pelos médicos como “fantástica”, mas ele segue sendo dúvida para o jogo de hoje diante dos costarriquenhos e pode ser ausência até na segunda rodada contra a Inglaterra.
A Costa Rica nada tem a ver com a pequena “crise” no setor mais qualificado do adversário, mas também lida com seus problemas. Vem para o jogo com o trauma de ter perdido um de seus principais jogadores, Mora, machucado. Os costarriquenhos já haviam perdido Oviedo no início do ano (quebrou a perna em jogo do Everton, da Inglaterra). Em seu lugar, foi convocado Myrie.