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**Vai rolar a bola e a Copa do Mundo, dita e propagada pelo governo como a “Copa das Copas”, tem muitos atrativos. Estarão jogando todas as seleções campeãs, o que nunca havia acontecido e, por parte dos brasileiros, existe a expectativa de Felipão (foto) faça o time jogar, e mais, que Neymar seja mesmo o craque do Mundial. Apesar de sua juventude, o garoto age e joga como um veterano e não deve sofrer com o peso que carrega nos ombros. O principal tema das conversas da comissão técnica, em especial de Parreira com ele, tem sido exatamente este, e o garoto, dizem, responde bem, com maturidade a cobrança que milhões farão na Copa. Obviamente que depositar confiança em Neymar é algo simples, natural porque ele é o melhor de nossos jogadores e é um dos melhores do planeta, mas ele é um ser humano e, por mais que exista uma blindagem, algo sempre escapa. Quando veio a tona a transação mal feita e desonesta envolvendo sua negociação com o Barcelona, o garoto sentiu-se abalado, pois perdeu a confiança em muitas pessoas que antes lhe eram de grande estima. O presidente do Barcelona, se não o principal envolvido na trama, é um dos, mas tem gente próxima a Neymar que também agiu com desonestidade ou então quis tirar proveito da situação. Não importa, é errado do mesmo modo e Neymar, que apenas precisava jogar, e bem, para honrar o investimento feito em sua aquisição, caiu de produção porque isso mexeu com sua cabeça. Tata Martino, seu treinador à época, deixou claro que isto o tirou do time, pois a cabeça estava longe dos gramados e a reserva foi o seu caminho depois da queda de produção. A Seleção tem experiência e de sobra para jogar a Copa, pois a maioria atua lá fora, conhece como seus adversários se comportam, entendem sua língua, seus costumes e isso pode e deve pesar a favor, obviamente que somado ao bom futebol que fez de cada um deles, um integrante deste grupo. Felipão parece ser o treinador indicado, mas lá atrás quando da saída de Mano, quem merecia o posto era Tite, recém-campeão do Mundo pelo Corinthians, mas José Maria Marin não quis Tite porque imaginava estar agradando a Andres Sanchez, um ex-aliado que agora é adversário, e então Felipão foi o escolhido. O treinador campeão em 2002 está mais amável, seu tratamento com a imprensa é outro e os dias na Granja Comary mostraram o quanto ele quer e está sendo simpático. Usando a imprensa, no bom sentido, o treinador aparece para uma conversa informal com os jornalistas, conversa com quem se aproxima, e quase sempre oferece um pouco de seu chimarrão, que traz numa cuia que ganhou recentemente de um amigo de Passo Fundo. O clima é favorável a nossa Seleção, temos treinador e jogadores competentes, então podemos sim esperar algo positivo no Mundial, mas passar pela Croácia será fundamental. O menor dos problemas é o adversário que não é de meter medo, o pepino é segurar a ansiedade, o friozinho na barriga, de uma estreia em uma Copa especial. Jogar em casa com o apoio ou não da torcida, deve faz a diferença, positiva ou negativamente, mas isso só se saberemos quando a bola rolar quinta no Itaquerão.
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