Na vitória do domingo, estiveram em campo Bruno Oliveira, Miguel, Victor Luis, Patrick Vieira e Vinicius, da categoria de formação
Na última partida do Palmeiras pelo campeonato estadual, a vitória por 3 a 1 sobre o Paulista, cinco jogadores oriundos na categoria de base do time alviverde estiveram em campo. É o reflexo de uma política de formação de atletas iniciada na gestão do presidente Paulo Nobre, que finalmente foi abraçada pelo técnico Gilson Kleina.
Nesta reta final da competição, com a equipe já classificada, as aparições dos garotos tendem a aumentar.
“Concordo com a valorização e isso é fruto da política adotada pelo clube. Esses atletas já estavam há algum tempo aqui e hoje estão recebendo a oportunidade e aproveitando. Sempre falo que parte do treinador essa convicção de acreditar nos meninos e o Gilson Kleina tem tido um contato muito próximo com o nosso trabalho na formação”, disse Erasmo Damiani, coordenador geral das categorias de base do clube.
Na vitória do último domingo, estiveram em campo Bruno Oliveira, Miguel, Victor Luis, Patrick Vieira e Vinicius. O movimento é o contrário do que foi feito na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, no ano passado. O Palmeiras optou por jogadores mais rodados, como o atacante Allan Kardec e o meia Mendieta, e não usou tanto os garotos da base, à exceção do lateral Luis Felipe.
“A gente conversa com os jovens e damos valor. A competência do Vinicius em buscar a bola, o posicionamento do Miguel, espetacular, e com o Patrick Vieira saiu o terceiro gol. A base não serve só para alimentar em uma emergência”, disse Kleina, após a vitória do final de semana, que contou com gols dos pratas da casa Miguel e Patrick Vieira.
No entanto, no início deste ano, a diretoria incluiu em seu planejamento uma maior atenção aos formados em casa. E pediu que o comandante desse chances quando possível. É o que tem sido feito. A ideia é mostrar, no ano do centenário, que o time do Palestra Itália valoriza seu patrimônio e, futuramente, usar isso como peça de marketing.
Para Damiani, é fundamental ter jogadores oriundos da base atuando no profissional para estimular os garotos que estão nas categorias amadoras. Eles precisam entender que as oportunidades existem. Funciona como um estímulo. Inclusive, esse é um meio de resistir ao assédio de outras agremiações, até mesmo de fora do país.
“Fica mais fácil mostrar para os atletas da base que eles poderão estar ali no futuro. Antes, aqui no Palmeiras, os jogadores tinham uma leitura diferente, alguns não possuíam essa perspectiva de subir ao profissional. Estamos mudando a filosofia que era usada na base. Com isso é mais fácil trabalharmos, mostrando que amanhã são eles que podem estar vestindo a camisa alviverde ou treinando com o time principal”, explicou.