O título paulista, conquistado neste domingo, foi o quarto de Tite pelo Corinthians. A trajetória vitoriosa, iniciada em outubro de 2010 e marcada também por vitórias no Brasileirão (2011), na Libertadores (2012) e no Mundial de Clubes (2012), tem como marco a aposta do Timão em sua manutenção no cargo, mesmo em momentos de aperto. Não à toa, é o técnico o que está há mais tempo no comando de um time da Série A - dois anos e sete meses.
A opção pela longevidade dos treinadores no Brasil, no entanto, ainda é vista por Tite como "embrionária". Para ele, essa filosofia passa mais por quem gerencia o clube do que uma mudança de mentalidade. Até por isso, o comandante corintiano exaltou o trabalho de “blindagem” da diretoria de futebol do Timão a elenco e comissão técnica. "Ainda é muito embrionário... Depende mais das pessoas que comandam os clubes do que qualquer outra coisa. De ter essa concepção, por parte dos dirigentes, de se matar no peito as pressões do dia a dia, sair na rua, de acompanhar e ter capacidade de compreender e gerenciar técnicos. O trabalho que o Roberto (de Andrade, diretor de futebol), o Duílio (Monteiro Alves, diretor adjunto de futebol) e o Edu (Gaspar, gerente de futebol) fazem é excepcional", elogiou.
Além de Tite, apenas mais um treinador está há mais de dois anos no mesmo clube entre os que disputam a Série A: Muricy Ramalho, do Santos, rival na decisão de domingo, que também soma quatro títulos desde que assumiu o Peixe, em abril de 2011.