Em recente entrevista à ESPN Brasil, Kalil havia contrariado o amigo corintiano ao falar sobre o enfraquecimento do Clube dos 13: "Ele (Andrés Sanchez) ganharia um estádio. Falou para mim e não pediu segredo. Perguntei para ele: ‘que sacanagem é essa?’. Ele respondeu: ‘Kalil, estou ganhando um estádio’. Virei as costas e saí andando. Porque, se me dessem algo assim, eu também detonava a mesa".
Antes de "detonar a mesa", Sanchez (assim como Ricardo Teixeira, então mandatário da CBF) apoiava o flamenguista Kléber Leite para a presidência do Clube dos 13. Com a sua chapa derrotada pela de Fábio Koff, o corintiano passou a defender a negociação individual dos direitos de transmissão das partidas de futebol - a entidade perdeu poder sem o dinheiro oriundo do acordo coletivo.
Próximo da antiga cúpula da CBF desde o conflito no Clube dos 13, Sanchez depois recebeu a notícia de que futuro estádio do Corinthians em Itaquera era solicitado como sede do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. "Se a arena fosse só para o Corinthians, já estaria pronta. Felizmente ou infelizmente, quiseram fazer para a Copa e tivemos que mudar o nosso projeto por causa das exigências da Fifa. Concordamos para ajudar a resolver o impasse que existia em São Paulo", lembrou.
O ex-presidente do Corinthians ainda aproveitou o assunto para desabafar. "Estamos assumindo uma grande dívida por causa do estádio, sem falar nos juros, e ainda ficaremos um tempo sem ganhar nada com ele. Os CIDs (certificados de incentivo ao desenvolvimento), que as pessoas tanto criticam, já existiam há muito tempo. Temos muitos políticos aqui, e eles sabem disso. Os incentivos também são concedidos a empresas que prometem dar 2.000 empregos em troca. Elas só dão 300 empregos, e ninguém fala nada. Já o Corinthians... Existe o ônus e o bônus da grandeza do Corinthians", esbravejou Andrés Sanchez, antes de voltar a definir Alexandre Kalil como "parceiro".