Desde o início desta manhã, a movimentação da imprensa é grande no local à espera da chegada do adolescente cujas iniciais são H. A. M., 17 anos, que se apresentará nesta tarde. Ele assumirá a responsabilidade pelo disparo do sinalizador que matou um torcedor na partida entre San José e Corinthians, disputada na última quarta-feira em Oruro, pela Libertadores.
“Entendemos que, com essa atitude, a fiel torcida, a nação corintiana, possa vir a assistir ao jogo da Libertadores na próxima quarta-feira”, completou Cabral, que faz a defesa do menor no caso.
Nesta quarta, a partir das 22h (de Brasília), o Corinthians recebe o Millonarios, da Colômbia, no Estádio do Pacaembu, pela segunda rodada da fase de grupos da competição. A princípio, a partida deve ocorrer com os portões fechados para os torcedores, porém o clube paulista recorreu da punição junto à Conmebol e aguarda uma resposta.
H. A. M. em nenhum momento esteve entre os doze torcedores corintianos presos preventivamente em Oruro, acusados de envolvimento na morte do torcedor Kevin Espada, 14 anos, atingido por um sinalizador que teria sido disparado acidentalmente pelo adolescente durante a partida entre San José e Corinthians. Os times empataram por 1 a 1 no Estádio Jesús Bermudez, pela Libertadores, em Oruro, na última quarta-feira.
Devido ao incidente, o Corinthians foi punido pela Conmebol, em medida cautelar válida até que uma decisão final sobre o caso seja tomada, ou por um prazo de 60 dias. O clube brasileiro anunciou que recorreria da punição e teve cogitada a possibilidade de deixar a competição, hipótese que o presidente Mário Gobbi Filho descarta.