**O clássico demorou exatos 69 minutos para começar por conta do dilúvio que caiu no Morumbi e das cascatas que eram vistas nas arquibancadas do estádio, com o primeiro tempo durando mais de uma hora graças ao apagão , exatamente após o belo gol de Fernandinho. O atacante vive uma ótima fase e está aproveitando bem cada oportunidade. Quem também aproveitou bem sua oportunidade foi o árbitro Marcelo Ribeiro de Souza que soube esperar, e ainda suportar a pressão, para não cancelar a partida. Valeu a pena aguardar porque o jogo foi bom, de lances emocionantes e que premiou os dois times com o empate em 1 a 1.
**Mandar Adilson Batista embora pode nao melhorar muita coisa, mas que ele estava errando, estava. O treinador mostrou competência no Cruzeiro, quase deslanchou no Corinthians, e no Peixe, antes de cair em desgraça, andou inventando demais. Com um elenco ainda sem o talento de Ganso e com Neymar não jogando o que sabe, o peso em suas costas só poderia terminar assim, com sua queda. O problema é que o Santos disputa amanhã um jogo importantissimo pela Libertadores e com a obrigação de ganhar para continuar sonhando com dias melhores no torneio.
**Se alguns estádios apresentam e oferecem boas condições para a imprensa realizar o seu trabalho, alguns nem tanto. Na capital, os melhores são Morumbi e Pacaembú, o falecido Parque Antarctica tinha problemas, e nas suas cabines, quando chovia muito, os narradores e comentaristas eram obrigados a driblar as goteiras que mais pareciam cachoeiras. No Morumbi, as emissoras de fora sofrem e não são só as do interior, agora as grandes de outros estados são colocadas atrás do gol dos vestiários, e o narrador é que fica meio perdido, afinal a visão que ele tem não é a melhor para se transmitir um jogo. Não fiz jogo neste local no
Morumbi, mas em 2.000, num Grêmio e São Caetano, em Porto Alegre, as rádios de São Paulo foram colocadas num ponto parecido, atrás da "goleira", como chamam os gaúchos. O São Caetano, com aquele timaço que tinha Esquerdinha,Silvio Luis, Serginho,Dininho,Claudecir,Adãozinho e Ademar, ganhou o jogo e me lembro que eu José Silvério e Oscar Ulisses fomos hostilizados quando o time Paulista fez o seu gol. Portanto as condições nos estádios não são das melhores, daí as emissoras de rádio e TV preferirem o cômodo tubo, ou seja, transmitir pela TV. E isso ainda dá a vantagem de se economizar, o que é bom para todo mundo. Neste domingo, no Canindé, um estádio que mais parece um velho prédio abandonado, quando cheguei e em cima da hora do jogo Portuguesa x Bragantino,devido as chuvas na capital, mal conseguia entrar na cabine da Jovem Pan. A laje do estádio minava água e exatamente em cima da bancada que eu colocaria meu material de trabalho, uma bela cachoeira se formara. A saída foi recorrer a um jeitinho, e com a ajuda do operador de externas, Jairo Ferreira de Matis, fui para uma cabine que ficava a uns 10 metros de distância da minha. Lá, ainda averiguei por alguns minutos se não corria o risco de me molhar, afinal meu guarda-chuva, que havia derretido do percurso entre o estacionamento, já estava devidamente acomodado no lixo. E depois dizem que vida de radialista é moleza, que só tem conforto,comodidade, e eu sei o quanto meus amigos sofrem com os jogos do CAV, a começar pela Telefônica que quase sempre não os deixa transmiti-los com problemas na linha.
**Além da vantagem de ter uma ótima cabine no Pacaembú. neste sábado ela ficou mais alegre com as visitas de João Carlos Ferreira e seu filho, Fábio. E depois, ao lado de Antonio Edson e Cledi Oliveira, conversamos muito e ainda ouvimos boas e fantásticas histórias e passagens de Cledi por nossa cidade. Causos de Cledi Oliveira que jamais publicarei aqui, a menos que estivesse de mudança para o Uzbequistão.