** O campeonato brasileiro entra numa fase decisiva onde a disputa ficará mais acirrada a cada partida, a cada ponto ganho. O líder Cruzeiro ainda se mantém soberano, mas tem Fluminense encostando e perdeu para um Grêmio mortivado e bem armado por Renato Gaúcho, rumando e com vontade para brigar por vaga na
Libertadores do ano que vem. Com o aparecimento de mais um candidato, as vagas para o torneio do ano que vem serão disputadas a tapa, com outros pretendentes lutando arduamente por uma boquinha. Os jogos do final de semana foram bons, emocionantes e interessantes que, infelizmente, tiveram a participação da arbitragem em muitos lances.
** No empate entre Guarani x Corinthians, erros de Ednilson Corona, um dos melhores assistentes do quadro da CBF, nos lances em que Ronaldo esteve envolvido. Foram lances conferidos e confirmados apenas no quinto replay e com a imagem congelada, o que, convenhamos, isenta o bandeira. Se fossem daqueles escandalosos, tudo bem, mas precisando de tanto replay, não vale. O jogo foi morno, afinal se sofri com o calor na cabine da JP, imagino como foi para jogadores aguentar a temperatura correndo. O Corinthians precisava da vitória mas entrou muito fechado e quando teve chances, desperdiçou. Paulinho acertou o
travessão e Moacir acertou a bola com o pé errado antes de bater com o direito, o
certo. Erros como o de Moacir não pesam mais do que o cometido pelo bandeirinha?
** O Palmeiras enroscou de novo e em um adversário fraco, perdeu a chance de em casa somar três pontos e continuar brigando para quem sabe, ainda sonhar com vaga na Libertadores. A vitória em Sucre, pela Sul-Americana, parece encurtar o caminho por este torneio, porque pelo Brasileiro, o caminho é árduo e o
time parece não ter a bola suficiente para desbancar os que estão acima. De novo Marcos Assunção, o que melhor bate faltas no futebol tupiniquim, salvou o Verdão. A lamentar a ausência de Valdivia no clássico diante do Corinthians, uma
vantagem para o adversário que terá a estreia de Tite no comando técnico.
** E que jogaço o do Morumbi, sete gols e muitos lances de emoção com os dois times jogando no ataque. Carpegiani armou bem seu time, e Marcelo Martellote também não abriu mão do ataque, mas o jogo bem que poderia terminar no 3 a 3.
Sem tirar os méritos do São Paulo que não foram poucos, mas pelo jogo e pelo o que lutaram, Santos e São Paulo saíram contentes com o empate. Em 20 minutos o jogo do Morumbi já tinha 5 gols, o que o torna com certeza, o mais excitantemente eletrizante do atual campeonato. Ou alguém se lembra de uma partida assim nas 30 rodadas até aqui jogadas? Com certeza esse foi o teste que Carpegiani precisava para ganhar confiança no comando do Tricolor, deixar o torcedor com esperanças de Libertadores e tranquilizar o time em campo e a torcida nas arquibancadas. O Santos alcançou 168 gols em 2.010, uma marca fantástica que supera a de 2.004 que bateu nos 164, um número de fazer inveja ao esquadrão de Pelé nos anos 60, e ainda segue no páreo pela Libertadores.
Poderia estar mais firme na disputa pelo título já que se vencesse estaria a três do
Cruzeiro, mas mesmo com a derrota, matematicamente ainda respira. É difícil, mas ainda dá pro Peixe.
** E com o horário de verão, jogo as 3 da tarde, com temperatura superior a 30 graus não deve acontecer, mas quem ousaria peitar os poderosos do futebol?
** Na quarta-feira passada, quando resgate dos mineiros no Chile, a TV Globo tentou adiar o início do jogo Vasco x Corinthians em São Januário para que ela, primeiro, mostrasse o que acontecia no País vizinho e não perdesse o início da partida. Tentaram de todo jeito, com telefonemas para gente importante da CBF e até com um coordenador que estava no estádio, pedindo a um dos repórteres que fosse ao quarto árbitro lhe solicitar que desse um jeito de retardar o começo do jogo. Felizmente não esperaram, a partida começou no horário, e a Globo só entrou no ar com mais de 2 miunutos de bola rolando. A Globo manda, paga e bem aos clubes e à CBF, mas tem que haver um limite para certas coisas.