Protesto ocorre em meio a tensões com os EUA e críticas à atuação do STF em casos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro
O grupo Direita Votuporanga pretende realizar mais uma carreata na cidade, desta vez contra o ministro Alexandre de Moraes (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O grupo “Direita Votuporanga” organiza uma manifestação intitulada “Carreata pela Liberdade”, prevista para ocorrer no dia 3 de agosto. O ato faz parte de uma mobilização nacional articulada por meio das redes sociais, com manifestações previstas em diversas cidades brasileiras.
O foco principal do protesto é o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, acusado pelos organizadores de adotar medidas que, segundo eles, restringem liberdades e perseguem a oposição.
A mobilização acontece em meio as tensões com os Estados Unidos, em razão da taxação às importações brasileiras e sanções aos ministros do STF, além das recentes decisões da Corte que impuseram uma série de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inclusive a utilização de tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar as redes sociais.
Na decisão, Alexandre de Moraes afirmou que as investigações apontam indícios de que Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, teriam atuado para pressionar governos estrangeiros — especialmente os Estados Unidos — a impor sanções contra autoridades públicas brasileiras, com o objetivo de constranger e coagir o Supremo.
Diante das medidas, lideranças de direita de todo o país se uniram em um movimento chamado de “Reaja Brasil”. Ao
A Cidade, Matheus Negri, representante do grupo “Direita Votuporanga”, afirmou que o objetivo principal da manifestação é “a liberdade e a democracia”, além de protestar contra o que classificou como abusos por parte do Judiciário.
“É contra os desmandos do Alexandre de Moraes. Essas cautelares que ele impôs são um absurdo, como a proibição do Bolsonaro dar entrevistas, por exemplo”, afirmou.
Matheus Negri afirmou ainda que grupo não apoia as sanções impostas pelos EUA ao Brasil, mas compreende as ações do presidente Donald Trump como “um remédio amargo, porém necessário”. “Obviamente ninguém é a favor das sanções contra o Brasil, mas entendemos o contexto geopolítico”, completou.
A mobilização é organizada por meio de grupos no WhatsApp, que contam com a participação de políticos, empresários e comerciantes da cidade.