Luciana Tambuque 
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Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio, e o Setembro Amarelo, há dez anos, tendo início nacionalmente em 2014, busca conscientizar a população sobre a gravidade deste problema global. Igor Parise, psicólogo e coordenador do núcleo de psicologia da Santa Casa de Votuporanga, ressalta a importância desta iniciativa e compartilha suas perspectivas sobre como lidar com questões emocionais e prevenções contra o suicídio.

De acordo com Parise, o Setembro Amarelo, é fundamental para ampliar as discussões sobre o tema e a importância da prevenção. “A campanha busca sensibilizar a sociedade para o fato de que o suicídio é um problema global e para divulgar estratégias de prevenção e identificação dos sinais de alerta,” explica o psicólogo.

Ele destaca que, com os avanços científicos, compreendemos melhor as predisposições hormonais e orgânicas que podem aumentar o risco de transtornos mentais em mulheres. Contudo, Parise alerta que não se deve generalizar, pois os transtornos afetando tanto homens quanto mulheres têm crescido. “Embora as mudanças hormonais possam influenciar, não devemos assumir que um gênero é mais propenso a transtornos mentais do que o outro,” enfatiza.
Sobre os gatilhos emocionais que podem levar a crises, o psicólogo menciona estresse extremo, traumas, conflitos interpessoais e dificuldades emocionais. Ele sublinha a importância de reconhecer a individualidade de cada pessoa ao identificar e lidar com esses gatilhos. “Promover saúde e qualidade de vida, assim como fortalecer o emocional, são estratégias essenciais para enfrentar situações difíceis,” observa.

Em situações de crise, Parise recomenda estar próximo da pessoa afetada e oferecer apoio imediato. “Não deixe a pessoa sozinha. Ofereça técnicas simples de respiração e distração, e se necessário, acione alguém de confiança ou os serviços de emergência,” sugere. Ele também reforça que a presença e a segurança são fundamentais para ajudar alguém em sofrimento.

Se a situação envolver comportamentos graves como delírios ou alucinações, Igor aconselha entrar em contato com o SAMU ou procurar atendimento médico urgente. “É importante trazer alguém de confiança para ajudar, especialmente se a pessoa em crise não conhecer bem quem está oferecendo suporte,” diz ele.

Finalmente, Parise recomenda que todos busquem apoio no Centro de Valorização da Vida (CVV) ligando para o 188, onde profissionais capacitados podem ajudar em momentos de crise. “Mostrar que você se importa e estar disponível é o primeiro passo crucial para ajudar alguém em sofrimento,” conclui.

O Setembro Amarelo, é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância da saúde mental e a necessidade de uma rede de apoio eficaz. Com a orientação adequada e uma presença constante, podemos fazer a diferença na vida de quem enfrenta dificuldades emocionais.