No cenário estadual, ele acredita em uma vitória de Fernando Haddad e no nacional, óbvio, na eleição do ex-presidente Lula
O ex-presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse ser contra a candidatura de Alckmin como vice de Lula: ‘acrescenta muito pouco’ (Foto: A Cidade)
Da redação
O ex-presidente nacional do PT, Rui Falcão, que atualmente é deputado federal pela sigla, esteve, na sexta-feira (18), em Votuporanga. Na agenda, o parlamentar tinha uma visita aos semáforos que foram instalados na Avenida das Nações, com recursos de uma emenda de sua autoria, a pedido do vereador o Jura (PSB), um encontro com correligionários e uma visita às futuras instalações da praça Miguel Rueda Garcia, nas Paineiras, também por meio de uma emenda de sua autoria, mas nesse meio tempo aproveitou para passar pela redação do jornal
A Cidade, para um café.
Rui Falcão, acompanhado de alguns membros do diretório petista, foi recebido pelo jornalista e diretor do Grupo Cidade de Comunicação, João Carlos Ferreira, e o assunto principal, é claro, foi política. No cenário estadual, ele acredita em uma vitória de Fernando Haddad e no nacional, óbvio, na eleição do ex-presidente Lula.
Petista de longa data, no entanto, ele afirmou que não é a favor da tese de que vale tudo para vencer as eleições e se posicionou contrário à indicação de Geraldo Alckmin como vice na chapa majoritária do partido.
“Eu acho que ele [Alckmin] eleitoralmente acrescenta muito pouco. Pessoalmente, já me manifestei contra, comuniquei ao Lula, mas claro, se a maioria decidir que aceita o Alckmin como vice, eu vou fazer a campanha como sempre fiz, mas enquanto isso não é decidido, cada um de nós tem direito de manifestar sua opinião. Há quem diga que para o Lula ganhar vale qualquer coisa ou o Lula quer e nós vamos fazer, mas não é assim que o PT funciona. Quem vai decidir é o PT”, pontuou.
Questionado, o deputado negou que o “convite” para Alckmin ser vice de Lula tenha sido uma estratégia do PT para tirar o ex-governador da disputa ao Governo do Estado, com o objetivo de alavancar a campanha de Haddad. Antes de ser ventilada a chapa Lula/ Alckmin, o ex-tucano aparecia como líder nas pesquisas em São Paulo.
“Alckmin em primeiro era um recall. Não tem como aferir isso, mas o Tarcísio, que é candidato do Bolsonaro, está crescendo, tem o Rodrigo Garcia, que não irá ficar com 7% e vai crescer também. Se a gente tivesse a candidatura do Alckmin e eventualmente do Márcio França, esse setor de centro e centro-direita, iria se espalhar muito e favoreceria o Haddad. Não é que o Alckmin quis sair do PSDB, ele foi derrotado no PSDB. Ele sempre foi o candidato da máquina, sem a máquina seria muito difícil ele ter uma grande votação”, completou.