Pedro Spadoni
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A senhora Martha Lopes Silva Weck, de 75 anos, finalmente conseguiu reencontrar seus primos, após passar quase quatro décadas sem vê-los nem ter contato com eles. Ela veio de Várzea Grande (MT) até Votuporanga para o reencontro, que aconteceu no fim de 2021, graças a uma reportagem publicada pelo jornal A Cidade no começo de dezembro, que trouxe a história (e a busca) da dona Martha pelos primos “perdidos”.

A princípio, ela procurava pelos primos Valter e Vanderley Ribeiro França, que hoje moram em Jales e Cardoso, respectivamente. Mas acabou revendo, também, Vinicius, irmão de Valter, que mora em Mira Estrela. A família até gravou um vídeo, em que agradeceu ao Grupo Cidade de Comunicação pela reportagem que possibilitou o reencontro.

“Quero agradecer muito ao Grupo Cidade, porque através de vocês descobri meus parentes, após 38 anos. Conversando com o Vanderley, consegui [os contatos] de todos os meus parentes, graças a Deus. Nossa família voltou a se comunicar e se unir de novo”, disse a dona Martha, no vídeo.

Seus primos também mandaram agradecimentos no vídeo. “Ela me falou que queria me encontrar, porque fazia muito tempo que não me via. Eu vim aqui e fiquei muito satisfeito. Devo um agradecimento muito grande [ao Grupo Cidade] por nós termos nos reencontrado”, disse Vinicius.

Dona Martha também contou à reportagem como foi rever seus primos, após passar tanto tempo sem ter notícias deles. “Nós conseguimos [nos reencontrar] e foi uma festa. Foi gostoso demais. Aí teve primo de São Paulo ligando, primo de Minas Gerais... foi ótimo”, contou.

Seu primo Valter chegou a ficar com a voz embargada ao falar sobre o reencontro. “Faziam 38 anos que a gente não se via e eu estou muito feliz de estar aqui com a família dela”, disse, enxugando as lágrimas do rosto.

História

A dona Martha contou que tinha encontrado seus primos pela última vez na década de 80, em Votuporanga. Primeiro, ela visitou Valter, que morava na zona urbana do município. Depois, ele a levou para o sítio onde morava Vanderley. Só que, na época, eles não trocaram números de telefone nem endereços.

Para a idosa, os dois são primos queridos por terem cuidado dela quando era criança, em meados da década de 50, para que sua mãe, a senhora Laudelina Alves da Silva, pudesse trabalhar na roça, que ficava no Estado de São Paulo. A dona Martha contou que sua mãe precisou trabalhar na época porque seu pai, o senhor José Lopes da Silva, conhecido como “Zé Borboleta”, estava machucado e internado.