Luiz Gonzaga Poloni disse que a categoria é a mais castigada desde o início da pandemia, mesmo com empresários cooperando
Votuporanga vive desde segunda-feira (21) o lockdown noturno; bares e restaurantes são os principais prejudicados (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com,br
Votuporanga encara desde anteontem uma espécie de “lockdown noturno”, medida que determina o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais às 19h. Com o novo decreto, os principais afetados são, novamente, os donos de bares e restaurantes, que possuem a noite como principal fonte de renda.
Em entrevista ao A Cidade, o presidente do Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares), da região de Votuporanga, Luiz Gonzaga Poloni, que também faz parte do Comitê de Enfrentamento à Covid de Votuporanga, disse que a categoria tem feito a sua parte, porém está novamente pagando por aqueles que não fazem, se referindo às festas clandestinas que, segundo ele, nunca pararam.
“Nós sempre fizemos a nossa parte. Todos os restaurantes e bares estão com mesas espaçadas, respeitando todas as normas, agora fora disso com o pessoal fazendo festa, acaba atrapalhando tudo e fazendo com que as medidas sejam tomadas independente de quem está certo ou não”, disse ele.
Luiz Gonzaga é empresário do setor. Há 43 anos ele e a família administram o Lanchopão e ao longo dessas quatro décadas ele disse que nunca havia passado por situação semelhante.
“O prejuízo é muito grande pois as despesas aumentaram, os impostos não pararam e nem diminuíram de valor, enquanto a renda caiu muito,então é muito difícil sustentar uma situação dessas. Sempre fomos o setor que mais pagou o preço pela pandemia, em relação às restrições sanitárias, agora imagina um restaurante fechando às 19h, não é brincadeira”, completou.
Segundo Gozaga, muitos empresários não suportaram a situação e já fecharam, enquanto muitos outros ainda estão resistindo, porém, “se arrastando”. Para ele é preciso intensificar a fiscalização em relação as festas clandestinas, o que deve ser feito a partir de agora.
“Depois da reunião que tivemos a fiscalização tem que ser mais intensa e cumprir aquilo que foi determinado na região para que as regras sejam cumpridas e a gente retorne ao normal o mais breve possível. As festas não pararam e a fiscalização não deu conta, vamos ver se agora, com o apoio da polícia, possa mudar alguma coisa”, concluiu.