Estudante conta ao jornal A Cidade como o seu relacionamento começou, durante o pior momento da pandemia em Votuporanga
Votuporanguenses Maurício Galisteu Pereira e Vanessa da Costa Campos se conheceram e começaram a namorar na pandemia (Fotos: Arquivo pessoal)
Da redação
O coronavírus está no ar, mas o amor também. E este sempre encontra um jeito de se manifestar, mesmo nos contextos mais difíceis. Foi o que aconteceu com o casal votuporanguense Maurício Pereira e Vanessa Campos. Apesar do distanciamento social, eles encontraram um jeito de se aproximar - e um relacionamento surgiu.
Em entrevista ao
A Cidade, o estudante de 20 anos, que cursa Engenharia Elétrica no campus de Votuporanga do IFSP (Instituto Federal de São Paulo), falou sobre como o relacionamento surgiu e como eles enfrentaram as dificuldades e limitações trazidas pela pandemia.
Maurício e Vanessa se conheceram no final do ano passado, na época do Natal, em Votuporanga. Foi quando eles se viram pela primeira vez e trocaram olhares à distância. Depois, disso, no começo deste ano, eles voltaram a se ver e decidiram conversar.
Maurício contou que, por conta da pandemia, os dois conversavam - e demonstravam interesse um pelo outro - por meio de mensagens e interações nas redes sociais.
Fora do mundo virtual, eles se viam, de vez em quando, na praça que fica perto da escola municipal "Profº Faustino Pedroso", no bairro San Remo. O casal escolheu o lugar por ser aberto, arejado e sem aglomeração.
"A gente ficava conversando das oito até uma da manhã e era dia de semana. A gente começou a pegar muita afinidade, até que eu fui conhecer a família dela", disse Maurício.
No dia 17 de abril, Maurício decidiu pedir Vanessa em namoro. E foi do jeito "raiz", conforme ele mesmo descreveu. Ou seja, ele pediu a bênção dos pais da garota para namorá-la.
"A família dela me amou. É bem melhor quando você tem algo com a pessoa e a família dela gosta muito de você. Foi acontecendo, até que eu pedi ela em namoro, dia 17 de abril. Pedi para os pais dela, aquela coisa bem raiz", contou o estudante.
Pandemia
Enquanto os dois estavam imersos neste contexto "fofo", Votuporanga enfrentava uma realidade mais dura.
Ao passo que o casal ia se conhecendo, o município mergulhou na segunda onda da pandemia, que levou o governo municipal a decretar lockdown. Isso deixou os votuporanguenses assustados, inclusive o casal.
"A gente foi tendo afinidade, mas com a pandemia a gente não podia sair, ir em barzinhos etc, por conta do lockdown. A gente não podia nem estar na rua depois das oito horas da noite. A gente foi se conhecendo pelo celular, porque ficava com medo de sair e ser multado por estar na rua", relembrou Maurício.
Futuro
Atualmente, o estudante está cursando o quinto semestre de Engenharia Elétrica. Até concluí-lo, ainda vão mais cinco semestres. Depois, Maurício pretende seguir a carreira de policial. "Por conta disso, talvez eu tenha que ir para longe. Mas isso não importa, porque quem quer dá um jeito", disse.
Assim como a pandemia, a vida adulta tem suas dificuldades e complicações. Só que o estudante acredita que como o casal deu um jeito de se unir mesmo em meio a este contexto complicado, eles conseguem encontrar uma forma de continuar juntos, não importando as circunstâncias.
"Ela é surreal. Que pessoa incrível que Deus colocou na minha vida", finalizou Maurício.