'Virada' no tempo trouxe pancadas chuvas e fez a temperatura despencar no município, que enfrenta o período mais seco desde 2000
Com tempo nublado, votuporanguenses enfrentaram pancadas de chuva e diminuição na temperatura no município desde quinta-feira (10) (Foto: A Cidade)
Da redação
Quem olhou para o céu na quinta-feira (10), percebeu que o tempo foi "fechando" em Votuporanga conforme o dia passava. O sol até apareceu em alguns momentos, mas o dia permaneceu nublado e com algumas pancadas de chuva.
Apesar dos riscos trazidos por essas pancadas, foram elas que trouxeram certo alívio na sensação de clima seco que se estendia pelo município, tanto dentro de casa quanto no trabalho e nas ruas.
De acordo com os dados coletados pelo Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas), até a tarde de ontem Votuporanga tinha registrado 4,6mm de precipitação, que significa a "quantidade" de chuva que tinha caído sobre o município até o momento apurado pela reportagem.
Ainda segundo os dados, só ontem choveu quase tanto quanto a precipitação acumulada de maio, que foi de 5,3mm, de acordo com os dados do Ciiagro.
Próximos dias
Para hoje, a previsão é que o "friozinho", sentido pelos votuporanguenses ontem, continue. Segundo o Climatempo, a máxima prevista é de 26ºC e a mínima é de 15ºC, com média de 23ºC.
Ainda de acordo com a meteorologia, o dia deve ficar nublado pela manhã, com possibilidade de garoa. À tarde, o sol aparece, mas a previsão para a noite é de muita nebulosidade.
Nos próximos dias, a previsão é de que a chuva vá embora, mas a temperatura deve continuar caindo. Tanto que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um Alerta Laranja, que significa declínio maior que 5ºC na temperatura, para Votuporanga.
A partir de quarta-feira (16), a temperatura volta a subir, com média prevista para 22ºC. Na quinta-feira (17), a média deve ser de 24ºC.
Seca
Um levantamento do jornal A Cidade revelou que Votuporanga enfrenta o período mais seco desde 2000, quando os dados começaram a ser monitorados pelo Ciiagro.
Além disso, o mapa do Monitor das Secas aponta que o município está numa região do noroeste paulista que enfrenta seca excepcional, que, na classificação do Monitor, é a mais severa. Isso, pelo menos, até abril deste ano, quando o mapa foi atualizado pela última vez.
A situação é preocupante porque entre os possíveis impactos de uma seca desse nível estão perdas de cultura (na agricultura), pastagem excepcionais e generalizadas, além da escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água.