Em meio à crise, a PatenseFeed iniciou a operação no final do ano passado, já dobrou a produção e segue com plano de expansão
O gerente geral da indústria, Pedro Antonio Mura Junior, recebeu o A Cidade para falar dos investimentos (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Uma obra ousada e grandiosa, idealizada por um grupo de empresários e agropecuaristas votuporanguenses, marcou o início da chamara era do progresso de Votuporanga, no final da década de 70. Sob a direção do saudoso Nasser Marão, em 1977 foi inaugurado o Frigorífico 4 Rios, que gerou centenas de empregos e movimentou a economia local por muitos anos.
O tempo passou e a planta, que ocupa uma área de 307.564m² na Avenida Emilio Arroyo Hernandes, já não tinha a mesma pujança do início de suas atividades. Com o município já voltado para o setor industrial, a unidade chegou a ficar fechada por alguns anos, mas agora, mesmo em meio à crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, um grande investimento está mudando essa realidade.
A empresa mineira Patense, com sede em Patos de Minas e unidades em Itaúna (MG), Adamantina (SP) e Tanguá (RJ), investiu mais de R$ 18 milhões em Votuporanga para montar uma nova sede de produção e distribuição, a PatenseFeed. A indústria é especializada em produtos pet food, que vão desde snacks para lanches e enlatados para cães e gatos, até bodyparts, com 70% da produção destinada ao mercado americano.
Sob o comando do votuporanguense, Pedro Antonio Mura Junior, a empresa entrou em operação no final do ano passado com cerca de 70 colaboradores. Agora, com a produção em escala, já estão sendo oferecidos 146 empregos formais, podendo chegar a 200 postos de trabalho até o final do ano.
“É um projeto grande, nós estamos falando de 15 mil m2, onde já operamos com praticamente dois terços e já estamos falando em ampliações num futuro bem próximo. O que trouxe a Patense para Votuporanga foi a estrutura que a cidade oferece, a localização geográfica, com a Euclides da Cunha, próximo ao Porto de Santos, ao Triangulo Mineiro, onde há grande disponibilidade de matéria prima, e a cidade em si é muito calorosa. Foi uma escolha acertada”, explicou Mura, que é gerente geral da indústria.
Vizinhança
Além do investimento na linha de produção, a Patense, segundo Pedro Mura, aportou para melhorias na estação de tratamento de efluentes, que é antiga, e também na acústica da planta para reduzir os ruídos da produção.
“Já iniciamos as melhorias para extinguir qualquer odor que possa ser causado no processo produtivo, assim como nos ruídos, para causar o menor inômodo possível para a população vizinha”, completou.
Social
Em todas as suas unidades a empresa também tem forte atuação na área social. Pedro Mura destacou que em razão da pandemia muitos dos projetos para a área tiveram que ser adiados, mas a partir do terceiro trimestre desse ano, com o abrandamento da pandemia, as ações devem ser implementadas.
“Nosso Ceo preza muito pelo trabalho social, com auxílio as entidades de cada cidade voltadas aos humanos, mas também para os nossos maiores consumidores, que são os cães e gatos, com um trabalho diferenciado voltado para os animais abandonados”, concluiu.