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Cidade
Prefeito João Dado veta projeto que deu o nome de ‘Dalvo Guedes’ ao novo Paço Municipal
O chefe do Executivo alegou que a iniciativa é inconstitucional e controversa, já que Meidão votou contra o projeto de recursos para a obra
O chefe do Executivo alegou que a iniciativa é inconstitucional e controversa, já que Meidão votou contra o projeto de recursos para a obra (Foto: A Cidade)
O prefeito de Votuporanga, João Dado (PSD) publicou ontem, em edição extra do Diário Oficial do Município, uma declaração de veto ao Projeto de Lei nº 156/2020, de autoria do vereador MehdeMeidão (DEM) que deu nome ao novo Paço Municipal de Votuporanga, que ainda está em construção, de “Prefeito Dalvo Guedes”. O chefe do Executivo alegou que a iniciativa é inconstitucional e controversa, já que Meidão votou contra o projeto de recursos para a obra.
Na declaração de Veto, Dado afirma que há vício de iniciativa no projeto, uma vez que Lei Orgânica do Município assim estabelece que cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito,dispor sobre as matérias de competência do Município e,especialmentealterar a denominação de próprios e logradouros,somente dos que não forem identificados por nomes próprios,de Países, Estados, Municípios, rios, grupos indígenas erelativos à fauna e à flora, nos termos da lei ou resolução.
“O Paço Municipal possui nome próprio ‘Paço Municipal Tancredo de Almeida Neves’, sendo que sua alteração está,portanto, vedada, nos termos da legislação vigente”, afirma o prefeito.
Além disso, conforme o documento, a iniciativa configura quebrada separação dos poderes, já que o ato seria de competência do Poder Executivo e não do Legislativo.
“Portanto, a escolha de um nome dessa grandeza, para uma obra tão importante para o Município, demandaria ao menos uma discussão mais apurada, com pelo menos a realização de uma audiência pública para ouvir a população, o que não ocorreu”, completou o a Administração Municipal, alegando ainda vício de tramitação.
Toda essa explicação, porém, amolda na verdade o principal motivo do veto dado pelo prefeito. É que Meidãose mostrou, à época, totalmente contrário à aprovação da Lei que proporcionou ao Município a contratação de crédito no valor de R$ 20 milhões, cujo montante de R$ 10 milhões será destinado à construção do novo Paço Municipal. “O que demonstra total contrassenso em relação ao Projeto de Lei”, conclui.
Projeto A Câmara Municipal de Votuporanga aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 156/2020, de autoria do vereador e atual presidente da Casa de Leis, MehdeMeidão, que denomina o novo Paço Municipal “Prefeito Dalvo Guedes”, localizado na Avenida Sebastião Vaz de Oliveira.
De acordo com a justificativa de Meidão, Dalvo Guedes contribuiu significativamente para o progresso de Votuporanga, principalmente nas áreas de saneamento básica, pavimento asfáltica, fornecimento de água e luz, remodelação de ruas e avenidas, implantação de novos bairros.
Dalvo Guedes Natural de Bebedouro, Dalvo Guedes nasceu em 10 de dezembro de 1926, filho caçula de Albertino Guedes e RosinaSgarbi Guedes. Para Votuporanga veio no ano de 1957, quando o município não tinha ainda 20 anos.
À época ele já era casado com Josefina Oriali Abdo Guedes, com quem teve os filhos Alberto Augusto Guedes, Dalvo Guedes Filho, Maria da Graça Guedes, Antônio Fernando Guedes e Maria Cristina Guedes. Foi gerente do banco Bandeirantes e veio para Votuporanga para ficar apenas 15 dias, e não voltou mais para Fernandópolis, onde morava há sete anos.
Por aqui foi ficando e trabalhando muito na agência bancária. Também foi em busca de melhorias para a cidade, construiu as piscinas do Votuporanga Clube, quando presidente, e ajudou as outras diretorias. Ajudou a construir a Igreja Matriz. Também era diretor da Votuporanguense, colaborando na montagem do time e arrecadações. No banco, ficou até o final do ano de 1963.
Popular nas ruas, participante do clube social, da agremiação esportiva da cidade e dedicado em tudo o que fazia, não demorou para que o povo enxergasse emDalvo Guedes o prefeito ideal. A princípio ele não queria, mas aceitou e foi eleito pelo PTN (Partido Trabalhista Nacional) com 74% dos votos sem nunca ter exercido cargo público. A posse foi em 1963, com mandato de quatro anos, que foi prorrogado por mais um ano. Neste período, afastou-se do banco.
Esta foi uma gestão que alavancou a modernização de Votuporanga. “A arrecadação do município era pequena e dependíamos dos governos estadual e federal. Quando assumi a Prefeitura, Votuporanga tinha 23 mil habitantes, ao final de minha gestão, alcançava 35 mil”, revelou ele em entrevista ao A Cidade em 2016.
Em 1968, Dalvo foi considerado o melhor prefeito do Estado e Votuporanga foi agraciada com o título de capital da educação.
Um dos grandes responsáveis pela criação da faculdade de Votuporanga, Dalvo Guedes tinha orgulho do que se tornou a Unifev. Ele criou a faculdade de Ciências e Letras em abril de 1966, como autarquia municipal, com o objetivo de dar condições de estudos aos filhos da cidade, um dos motivos que tornou Dalvo Guedes o patrono da Unifev (Centro Universitário de Votuporanga), esta conquista foi devido a muita luta e a atuação forte de um grupo formado por cinco professores.
Entre as grandes obras da gestão de Dalvo estão a construção de oito grupos escolares; a instalação do instituto de educação IE;a cidade tinha meia dúzia de quarteirões asfaltados, Dalvo Guedes estendeu para a área central completa e alguns bairros da cidade; lutou para não faltar água e fez a ligação de rede de esgoto; construiu a praça da Santa Luzia e concluiu a da São Bento; construiu o jardim dos distritos de Simonsen e Parisi, que tornou-se município posteriormente; construiu várias avenidas para melhorar a mobilidade urbana e o trânsito; buscou a instalação de vários órgãos estaduais e federais; em dezembro de 1968 criou a Saev; proporcionou boas condições de expansão do Contevo (Conselho Televisivo de Votuporanga), uma autarquia municipal e vendeu a companhia elétrica para a Cesp, que foi grande alavanca para o fornecimento de energia, fortalecendo o comércio e a indústria e para a iluminação de toda cidade, onde a Cesp investiu e criou a sua regional, os novos bairros nasciam iluminados.
Ele faleceu no dia 1º de setembro de 2020 e em sua despedida ficou conhecido como: 'O semeador do progresso'.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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