Mesmo com o aumento de casos no município, o grupo continuará se mobilizando pela abertura do comércio
Comércio permanece fechado (A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Mais de 500 comerciantes de Votuporanga seguem se mobilizando no WhatsApp e nas redes sociais para que o comércio da cidade seja aberto ou então para que tudo seja fechado. Em entrevista à rádio Cidade FM, Cristian Nakabashi, um dos líderes do movimento, destacou que o comércio está há quase dois meses fechado, por isso, conversando com a classe, foi decidido fazer algo.
“Já que os comerciantes estão fechados, vamos manter os outros fechados também. Os mercados, por exemplo, são os piores lugares que tem, todo mundo junto, aglomerado e estão abertos”, observou.
A mesma situação foi observada nos bancos. Segundo o comerciante, há filas gigantescas, em que “um fica grudado no outro”, então, “já que é para fechar, fecha tudo”. “Essa é a ideia nossa, que pegou uma dimensão muito grande, então estamos fazendo um trabalho pujante com o pessoal”, acrescentou.
Sobre a ocupação de leitos em Votuporanga, Nakabashi entende que é “falta de trabalho da Prefeitura”: “o prefeito mantém hoje só dez leitos de UTI destinados ao coronavírus, e hoje nós temos 8, 9 internados, o que significa 80%, 90%, sendo que Votuporanga precisaria ter, no mínimo, 60 leitos, porque são 100 mil habitantes na cidade e 200 mil no entorno, que a Santa Casa atende esse público”.
Com os 60 leitos, acrescentou, a ocupação hoje seria bem menor. Ele observou ainda que Votuporanga tem um dos melhores índices de isolamentos social do Estado e São Paulo.
“Então, os votuporanguenses estão de parabéns, o comerciante está sofrendo com dois meses fechado, mas não é por culpa do votuporanguense não. A região que tá... Hoje, se não me engano, dos nove internados só 2 são de Votuporanga, então nós estamos atendendo a região toda”, falou. Ele voltou a dizer que faltou o trabalho do Poder Executivo para aumentar o número de leitos na cidade.
Mesmo com o aumento de casos no município, Cristian garantiu que o grupo continuará se mobilizando pela abertura do comércio. “Os barbeiros se juntaram com a gente, a polícia, sindicato, então muita gente está se juntando”, disse.