O cenário de pandemia já provocou transtornos em aspectos diversos das funções trabalhistas no panorama mundial e também municipal
Votuporanguenses estão com dificuldade para encontrar gás de cozinha na cidade em razão do isolamento social e da crise provocada pelo coronavírus (Foto: A Cidade)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
Como já apresentado em reportagem no jornal, o cenário de pandemia já provocou transtornos em aspectos diversos das funções trabalhistas no panorama mundial e também municipal.
Os votuporanguenses estão com dificuldade para encontrar gás de cozinha na cidade em razão do isolamento social e da crise provocada pelo coronavírus. Na manhã desta segunda-feira (06), a reportagem do jornal
A Cidade entrou contato com as distribuidoras de gás, para conferir a situação do produto em Votuporanga e constatou o que já é reclamado há dias pelos consumidores.
Foram consultadas quatro fornecedoras de gás, uma não foi possível o contato e as outras três relataram a falta do produto há pelo menos duas semanas. Algumas distribuidoras disseram que a previsão da chegada varia e que não existe uma data certa. Apenas na JP Gás e Água, prevê que o gás pode chegar hoje, nesta segunda.
Não é de agora
O jornal
A Cidade também entrou em contato com alguns distribuidores, no dia 31 de março. Segundo eles, diante do grande aumento na demanda, em razão do isolamento social, os fornecedores acabaram ficando com baixos estoques e estão com dificuldades de abastecer a cidade. Em alguns casos o reabastecimento das distribuidoras está sendo feito apenas de dois em dois dias.
“Tive que aumentar apenas R$2,00 no valor do gás de cozinha por conta da transportadora, mas isso aconteceu antes do coronavírus chegar aos Brasil”, disse o responsável de uma distribuidora localizada na avenida Nasser Marão.
Antes os estabelecimentos recebiam entre 250 a 300 botijões por carga. Agora, a entrega está sendo limitada a no máximo 70 botijões por estabelecimento. “Chega no meio do dia, o estoque já está esgotado”, completou.
Em outro estabelecimento, também localizado na Nasser Marão, a proprietária informou que os custos se elevaram um pouco por conta do transporte e pela dificuldade de encontrar o produto, porém ainda não houve alteração no preço final ao consumidor. “Continua no mesmo valor”, finalizou.
Reajuste
No domingo (29) o Ministério de Minas e Energia apontou que os reajustes de preço foram causados pela grande demanda das famílias pelo Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o que causou uma “escassez pontual”. Como forma de solucionar o problema, a Petrobras faria a importação adicional da commoditie. A expectativa é de que a situação seja normalizada em alguns dias.
A fim de coibir abusos enquanto os preços não voltam à normalidade, o Procon-SP e o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) vão atuar conjuntamente no combate, identificação e punição.
A ação é mais uma medida de enfrentamento à crise causada pelo impacto econômico da pandemia do coronavírus. O Governador João Doria fez o anúncio nesta quarta-feira (1º) e destacou que os abusos não serão tolerados.