Está em Milão, na Itália o país com forma de bota, a região mais afetada no mundo pela Covid-19 (Foto: Arquivo Pessoal)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Em seis anos de vivência em terras européias, Mariana Rodrigues, morou em Paris na época dos atentados e agora (há dois anos e meio) está em Milão, na Itália, região mais afetada no mundo pela Covid-19. À nossa série “Votuporanguense pelo Mundo” ela relata que a experiência de agora está sendo a mais impactante de sua vida.
Segundo ela, por tudo que passou na vida, essa é mais extraordinária. “Porque o Covid- 19 ele impacta a vida de todo mundo, do rico do pobre, do mundo inteiro, mesmo se você mora no China, na Europa ou no Brasil”, disse.
Mariana explica que,o alastramento em Milão, começou pouco depois da China, a população italiana não tinha noção do que era a doença.
“O que vejo é que as dúvidas da minha família e meus amigos no Brasil são as mesmas dúvidas que a gente tem aqui, algumas coisas meio que a gente ‘já passou’, mas muita coisa a gente não sabe, mesmo estando à frente na curva. Em janeiro a gente achava que era só não ir ao bairro chinês, daqui de Milão, que era só evitar concertos e grandes festas, que tudo ia passare não iria impactar. E gradualmente, a gente foi vendo que era muito mais complicado”, completou.
Ela contou que está a quase dois meses trabalhando de casa eno início da quarentena, pela falta de informação, a população trabalhava de casa, saía para jantar e ver os amigos, tentando somente evitar grandes aglomerações.
“E depois a gente foi entendendo que não, a gente realmente precisava ficar em casa. Aí começaram as filas nos supermercados, faço as compras online e nas últimas quatro semanas não precisei sair de casa, consigo me organizar pelo delivery”, explica.
O ministro italiano prevê que abertura acontecerá gradualmente a partir de maio. Mariana ainda disse que com esta abertura a vida não vai ser normal, igual antes, ela imagina que por muito tempo as situações vão ser diferentes e que muita coisa irá mudar.
“Mas eu estou muito positiva com a previsão da abertura, e acredito que irá voltar com certa normalidade depois de junho/julho”, revelou.
Mariana ainda comentou que há poucos dias no dia 8 de abril, foi instituído em decreto o uso obrigatório de máscaras para as pessoas que forem sair de casa. No começo, ela disse que era permitido sair de casa para fazer caminhadas e atualmente não pode circular em uma distância de 200 e 300 metros dos arredores de sua casa. “Então é muito gradual, a cada semana muda e a gente tem que ir se adaptando, o ideal é fazer o nosso melhor, não é só por mim, é por todos”.
Em seu relato, ela falou sobre sua preocupação com o lado econômico. “Obviamente a gente se preocupa muito com a saúde, mas eu pessoalmente tenho uma preocupação muito grande com o lado econômico. Já dá para prever a recessão que a gente vai entrar, na verdade, que a gente já entrou aqui na Itália, e me preocupo muito por conta da situação frágil do Brasil”, finalizou.